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Mundial de Judô começa com funk, barulho da torcida e queda dos favoritos

26/08/2013 19h49

Por Douglas Rocha.

Rio de Janeiro, 26 ago (EFE).- A piauiense Sarah Menezes chegou ao Rio de Janeiro com status de grande favorita à conquista da medalha de ouro na categoria ligeiro (até 48kg) do Campeonato Mundial de Judô, já que é atual campeã olímpica e líder do ranking, mas foi derrotada nas semifinais e teve que se contentar com a medalha de bronze.

No masculino (até 60kg), o dia também foi ruim para dois dos principais candidatos ao pódio no ginásio do Maracanãzinho. Bronze nos Jogos Olímpicos de Londres e terceiro melhor do mundo na atualidade, o também brasileiro Felipe Kitadai perdeu logo na estreia. O número 1 do planeta, o georgiano Amiran Papinashvili, também não subiu ao pódio, caindo nas semifinais e na luta para ser um dos terceiros colocados.

A competição teve início oficial com uma cerimônia de abertura que seguiu a onda recente de espetacularização de cada parte dos grandes eventos esportivos, com a participação de um grupo de dança, de quatro atletas de ginástica rítmica e dos cantores romenos Irina Nicolae e Marcel Pavel.

A grande atração, porém, foi a funkeira Anitta, que se apresentou com três de seus sucessos e foi acompanhada pelo público, que compareceu em bom número para uma tarde de segunda-feira. Após a entrada de jovens com as bandeiras de todos os países representados no Mundial, a artista voltou para cantar o hino nacional.

A abertura teve as presenças do presidente da Federação Internacional de Judô (FIJ), o austríaco Marius Vizer, do presidente da Confederação Brasileira de Judô e da Confederação Pan-Americana de Judô, Paulo Wanderley Teixeira, e do secretário de Estado de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro (Seel), André Lazaroni. O político foi vaiado durante seu discurso ao mencionar o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

Sarah iniciou sua participação na competição de forma avassaladora, com três vitórias tranquilas pela manhã. A cazaque Aigui Baikuleva foi batida por wazari, e a belga Amelie Rosseneu e a turca Ebru Sahin, por ippon.

À tarde, com Maracanãzinho com reforço de público, porém, a brasileira se mostrou apática diante de Munkhbat Urantsetseg, da Mongólia, e foi eliminada por dois yukos. A torcida e a própria Sarah reclamaram de um possível wazari não dado a favor da judoca da casa.

Abatida em um primeiro momento, Sarah começou mal a luta pelo bronze, mas reagiu e derrotou a norte-coreana Sol Mi Kim. Já Urantsetseg, que venceu quase todos os seus combates por ippon, exceto contra a brasileira, levou a melhor sobre a japonesa Haruna Asami na decisão e garantiu o ouro.

Entre os homens, Kitadai foi presa fácil para o sul-coreano Jin Won Kim e não teve chances sequer de repetir o pódio de Londres, já que foi eliminado logo na primeira luta e por isso não participou nem mesmo da repescagem.

Kim avançou até ser eliminado nas semifinais, mas subiu ao pódio após derrotar Boldbaatar Ganbat, da Mongólia. O outro bronze foi obtido pelo azerbaijano Orkhan Safarov, que bateu Papinashvili.

Líder do ranking masculino, o georgiano fez campanha bem parecida com a de Sarah, perdendo nas semifinais para o mongol Amartuvshin Dashdavaa. Contudo, ao contrário da brasileira, ele não reagiu e ficou sem medalha.

O título ficou com o atual número 2 do mundo, o japonês Naohisa Takato, que levou a melhor sobre Dashdavaa em uma final apertada. A vitória só foi obtida porque ele recebeu uma punição a menos que o adversário.

Nesta terça-feira, será disputada a categoria meio-leve, com competidores pesando até 52kg no feminino e até 66kg no masculino. O Brasil terá quatro representantes: Eleudis Valentim e Érika Miranda entre as mulheres e Luiz Revite e Charles Chibana entre os homens. EFE

dr/rd