Para irmão mais velho, "rivalidade caseira" ajudou "palmeirense" Diego Costa
Um desavisado que passar pelo bairro Exposição, na cidade de Lagarto, em Sergipe, pode se surpreender ao cruzar com Jair devido à semelhança com o irmão mais novo, o atacante Diego Costa. Mas o fato de serem muito parecidos não impediu que nascesse entre eles uma grande rivalidade que seria fundamental para o sucesso do atual jogador do Atlético de Madri.
Filhos de seu José Jesus e dona Josileide Costa, Jair e Diego ganharam nomes de craques do futebol mundial. O primogênito foi batizado com uma homenagem ao Furacão da Copa do Mundo de 1970, Jairzinho. O segundo virou xará de ninguém menos que Maradona, craque que dois anos antes do nascimento do atacante hispano-brasileiro conquistou o Mundial do México.
"Quando eram meninos, eles faziam sorteio para ver quem iria lavar as coisas em casa. Aí quando eu estava perto de chegar, corriam e limpavam tudo. E faziam direitinho", disse a mãe o atacante do Atlético de Madri, sobre os primórdios da disputa doméstica.
Outra disputa aconteceu na escolha do time do coração. Jair seguiu o pai e virou torcedor do São Paulo. Influenciado por um tio e pelos títulos conquistados no início da década de 90, Diego Costa se apaixonou pelo Palmeiras.
Jair tem 27 anos e é dois anos mais velho que o irmão. Os dois chegaram a jogar juntos na Escolinha Bom de Bola, onde o goleador foi revelado, e lá a rivalidade só cresceu. Segundo Flavio Augusto Machado Santos, fundador do projeto, dificilmente qualquer jogo terminava bem quando a dupla estava no mesmo time.
"Era um tal de um não passar bola para o outro, tentando fazer o gol. Só que eram os dois craques do time", disse o ex-técnico de Diego e Jair.
O pai, José Jesus, confirmou à Agência Efe a disputa intensa. Contou, além disso, que para muitos em Lagarto, o irmão mais velho, que não vingou no futebol, é o craque da família. Jair desconversa quando perguntado sobre o assunto, e admite apenas que era um jogador diferente, um meia mais técnico do que o irmão goleador.
O que velho dos irmãos Costa não nega é que a disputa constante foi importante para o crescimento do irmão, dentro e fora dos gramados.
"A gente tinha rivalidade sim, na brincadeira de bola, em casa. E isso ajuda, é claro", afirmou o orgulhoso irmão.
Hoje, a dupla não disputa mais o posto de craque, que já foi cedido definitivamente a Diego, nem de quem é mais eficiente na hora de ajudar a mãe na faxina. Jair revela que ambos aprenderam a se divertir com a semelhança e que já aprontaram "pegadinha" na Espanha.
"Fui buscar ele depois de um jogo no (estádio) Vicente Calderón e tinha muita gente esperando para ver os jogadores. Ele então se deitou no banco de trás e me deixou ir na frente. Aí quem me via acenava, tirava fotos, achando que era ele, que morria de rir atrás no carro", contou o mais velho dos Costa.
(Bruno Guedes e Manuel Pérez Bella)
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