Principais ligas europeias gastam R$ 1,32 bi no mercado de inverno

Clubes dos principais campeonatos europeus de futebol - Inglaterra, Espanha, Alemanha, Itália e França - gastaram US$ 466 milhões (R$ 1,32 bilhões) em contratações no mercado de inverno, novo recorde e crescimento de 36% em relação ao mesmo período de 2014, segundo relatório do Sistema de Transferências Internacionais (TMS) da Fifa. Para nível de comparação, o valor é maior que o gasto na reforma do Maracanã para a Copa do Mundo (R$ 1,2 bilhão)

O documento, tornado público nesta quarta-feira, revela que 452 jogadores mudaram de clube na janela de janeiro, número similar ao da temporada passada. E os times ingleses lideraram o ranking de quem mais investiu em reforços: US$ 173 milhões (R$ 493 milhões).

Os ingleses também estão no topo da lista de contratações mais caras do período. E, assim como no campo, a briga é entre Chelsea e Manchester City, principais rivais ao título nacional na temporada. Enquanto os 'Blues' investiram 35 milhões de euros para tirar o meia colombiano Juan Guillermo Cuadrado da Fiorentina, os 'Citizens' pagaram 33 milhões pelo atacante marfinense Wilfried Bony, ex-Swansea.

Clubes da Alemanha, pela primeira vez em cinco anos, são os segundos que mais gastaram no mercado de inverno, com destaque para o Wolfsburg, que pagou 32 milhões de euros ao Chelsea pelo atacante Andre Schürrle.

No caso da Espanha, que normalmente conta com os cofres mais do que abertos do Real Madrid e do Barcelona, foi registrado um aumento de receitas pela vendas de jogadores, apesar de os clubes do país terem investido 47 milhões de euros em contratações no período, mais do que os 38 milhões de euros da última temporada.

Até o fim de janeiro, o Real Madrid contratou o brasileiro Lucas Silva e o norueguês Martin Odegaard. O Valencia foi buscar o argentino Enzo Pérez no Benfica, enquanto o Villarreal contratou o costarriquenho Joe Campbell junto ao Arsenal.

Entre os cinco principais campeonatos europeus, só na França os gastos foram reduzidos. Sem grandes aquisições do Paris Saint-Germain e do Monaco, os clubes do país investiram 50% menos no mercado de inverno do que na última temporada.

Os dados divulgados hoje pela Fifa também indicam que 43% dos jogadores contratados estavam livres. Outros 23% tinham contratos com cláusulas de rescisão.