Por "pressões externas", Carlos Queiroz pede demissão da seleção do Irã

Lisboa, 20 mar (EFE).- O técnico português Carlos Queiroz, de 62 anos, pediu demissão da seleção do Irã, cargo que ocupava desde 2011, por causa de "pressões externas", informou nesta sexta-feira a imprensa portuguesa.

"Não queria ir embora, não estava nos meus planos. O presidente (da Federação Iraniana) queria que eu continuasse, mas ambas as partes tiveram que ceder devido às pressões", disse o treinador à agência iraniana "Fars", citada pelo jornal esportivo "A Bola".

Queiroz, nascido em Moçambique (antiga colônia portuguesa), conduziu o Irã à Copa do Mundo de 2014. Acabou com a última posição do grupo F - formado por Argentina, Nigéria e Bósnia - com um empate e duas derrotas.

Logo após a participação no Mundial, o treinador português anunciou sua saída da seleção por não se sentir respaldado pela Federação Iraniana. No entanto, voltou atrás da decisão e assinou em setembro de 2014 uma renovação de contrato até a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

Com o Irã, Queiroz somou 41 partidas, com 25 vitórias, nove empates e sete derrotas. Além da Copa do Mundo, disputou a Copa da Ásia deste ano, realizada na Austrália, na qual caiu nas quartas de final frente ao Iraque.

No currículo do veterano treinador, também figuram as seleções dos Emirados Árabes (1999), da África do Sul (2000-2002) e de Portugal (2008-2010). Entre clubes, Queiroz comandou o Sporting (1994-1995) e o Real Madrid (2003-2004), além de ter sido auxiliar técnico do Manchester United por cinco anos na década de 2000.