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Fifa diz que é "a parte prejudicada" em investigações por corrupção

27/05/2015 08h34

Genebra, 27 mai (EFE).- A Fifa afirmou nesta quarta-feira que é "a parte prejudicada" nas investigações judiciais de um suposto esquema de corrupção que resultou na prisão de sete dirigentes, entre eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.

"Não há apreensão de documentos na sede da Fifa. Eles (investigadores) estão aqui, mas nós estamos cooperando por nosso próprio interesse", disse o diretor de comunicações da entidade, Walter De Gregorio.

Funcionários do Ministério Público da Suíça receberam nesta manhã documentos e dados eletrônicos na sede da Fifa, em Zurique, mas De Gregorio garantiu que o procedimento era parte da colaboração entre as duas partes.

A busca de informações seria parte da investigação aberta a pedido da propria entidade, e diz respeito a escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, vencidas respectivamente por Rússia e Catar.

Por outro lado, a prisão de sete dirigentes faz parte de um procedimento separado, iniciado pela promotoria de Nova York. Por causa disso, houve interpretação de que os dois casos seriam parte do mesmo processo, segundo a Fifa.

Em entrevista coletiva, Gregorio garantiu que a Fifa é a primeira interessada em que qualquer crime de corrupção seja investigado e os culpados por eles, punidos.

"Isto não é bom para nós em termos de imagem e reputação, mas sim para conseguirmos a limpeza pela qual trabalhamos durante antes", afirmou o diretor de comunicações.

As operações judiciais foram deflagradas no marco do Congresso máximo da Fifa, que elegeria o próximo presidente da entidade até esta sexta-feira, além de tomar outras decisões.