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Fifa se diz 'parte prejudicada', mas mantém eleição para presidente para 6ª

Joseph Blatter, atual presidente da Fifa, tenta mais uma reeleição na próxima sexta - AP Photo/Themba Hadebe
Joseph Blatter, atual presidente da Fifa, tenta mais uma reeleição na próxima sexta Imagem: AP Photo/Themba Hadebe

Da EFE

Em Genebra (Suíça)

27/05/2015 07h27

A Fifa mantém seus planos de realizar nesta sexta-feira o congresso no qual será escolhido ao presidente da entidade para os próximos quatro anos, disse nesta quarta-feira o diretor de Comunicações do organismo, Walter De Gregorio.

Isso apesar das investigações de corrupção nas quais a organização está envolvida, que hoje ainda culminou na detenção de seis dirigentes.

"É um momento difícil para nós, mas o congresso vai acontecer porque uma coisa não tem nada a ver com a outra", declarou o diretor de Comunicações.De Gregorio garantiu que nem o presidente da Fifa, Joseph Blatter e nem seu secretário-geral, Jêróme Valcke, estão envolvidos em tais procedimentos judiciais.

"A Fifa é a parte prejudicada", opinou em um pronunciamento para a imprensa o diretor de Comunicações da entidade, Walter De Gregorio, que destacou que "nós estamos cooperando (com as autoridades) por nosso próprio interesse".

O jordaniano Ali Bin al-Hussein, candidato à presidência da Fifa nas eleições do próximo dia 29, disse nesta quarta-feira que "hoje é um dia triste para o futebol", mas que "não seria apropriado" fazer mais comentários agora. "Hoje é um dia triste para o futebol. Claramente, esta é uma história em desenvolvimento, cujos detalhes ainda estão sendo revelados. Não seria apropriado fazer mais comentários neste momento", diz a nota.

O primeiro procedimento se encontra em mãos da Procuradoria Geral da Suíça, que foi iniciado em novembro, a pedido da própria Fifa, por suspeitas de gestão desleal e lavagem de dinheiro em relação com a escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 na Rússia e 2022 no Catar.

A segunda investigação foi iniciada por uma promotoria de Nova York pelo suposto pagamento de subornos -de até US$ 100 milhões- a dirigentes da Fifa em troca que certas empresas recebessem os direitos de transmissão, publicidade e auspício de torneios futebolísticos nos Estados Unidos e América Latina.

Esta última indagação judicial é realizada em cooperação com o Ministério da Justiça e Polícia da Suíça, e deu lugar hoje à mencionada detenção de altos responsáveis da entidade esportiva.