Topo

Sevilla vence Dnipro e se torna maior campeão da história da Liga Europa

27/05/2015 18h07

Varsóvia, 27 mai (EFE).- O Sevilla tornou-se nesta quarta-feira, no Estádio Nacional de Varsóvia, o maior campeão de todos os tempos da Liga Europa, com quatro títulos no torneio - ou em seus precursores Taça das Feiras e Copa da Uefa - ao vencer o Dnipro Dnipropetrovsk por 3 a 2 na final da competição continental.

Com a conquista na capital polonesa, o time da Andaluzia, que também deu a volta olímpica em 2006, 2007 e 2014, deixou para trás os tradicionais Juventus, Inter de Milão e Liverpool, que têm três taças cada.

O grande herói do representante espanhol foi o atacante colombiano Carlos Bacca, autor de dois gols na decisão e sete na competição, ficando atrás apenas do brasileiro Alan, ex-Fluminense, e do belga Romelu Lukaku na tabela de artilharia.

O Dnipro até saiu em vantagem, com Kalinic, e buscou um empate em 2 a 2 com Rotan, depois que Krychowiak e o colombiano haviam virado. Tudo isso no primeiro tempo. Na etapa final, Bacca fez mais um, e dessa forma veio o prêmio para a equipe que atacou mais.

Frustrado por ter visto o quarto lugar do Campeonato Espanhol, e junto a ele uma vaga na Liga dos Campeões, escaparem no domingo, o Sevilla acabou tendo na final uma segunda chance de estar na 'Champions' na próxima temporada e não a desperdiçou. Dessa forma, caso o Valencia passe pela fase preliminar, haverá pela primeira vez cinco representantes de um mesmo país na fase de grupos.

O Dnipro não contou com o volante Serhiy Kravchenko e o atacante Roman Zozulya, ambos devido a lesão. O meia Yevhen Shakhov era dúvida, tambem devido a problemas físicos, e acabou ficando no banco. Os três brasileiros do elenco - o zagueiro Douglas, o lateral-esquerdo Léo Matos e o meia-atacante Matheus - foram titulares.

No Sevilla, o técnico Unai Emery tinha apenas uma dúvida para montar o time. Na lateral-direita, Coke saiu e deu lugar ao meia Aleix Vidal, que atuou improvisado e permitiu a entrada de Reyes no setor de meio. A alteração foi desfeita no segundo tempo.

A equipe espanhola começou com iniciativa, mas foi o Dnipro que abriu o placar, logo aos oito minutos de bola rolando. Matheus foi lançado nas costas da defesa e cruzou da direita para Kalinic, que chegou chutando e fez 1 a 0.

Disputa a priorizar a defesa desde o apito inicial, o representante ucraniano reforçou a marcação na retaguardar e se segurou o quanto pôde. No entanto, com dois gols em quatro minutos, o time da Andaluzia virou a partida.

Aos 27, Banega fez o chuveirinho, Bacca escorou levemente e Krychowiak, que jogou "em casa", bateu com força para empatar. Pouco depois, aos 31, Reyer descolou ótimo lançamento por baixo e colocou Bacca na cara do gol. O colombiano teve calma para driblar o goleiro Boyko e tocar para o gol vazio.

Sem se entregar, o Dnipro contou com uma contribuição do goleiro Rico, convocado para a seleção espanhola, para igualar. Rotan cobrou falta no canto direito, à meia altura, o arqueiro pulou atrasado e não evitou que a bola entrasse.

A segunda etapa também foi de domínio do Sevilla, que incomodou em três lances parecidos, todos em cobranças de escanteio. Mbia cabeceou sem direção aos 19, Vitolo parou no goleiro Boyko aos 21, e aos 24 a bola cruzou toda a área e ninguém completou.

De tanto insistir, o agora tetracampeão desempatou aos 27 minutos. Depois de confusão na área, Kankava não conseguiu afastar, Vitolo fez a enfiada e Bacca chutou forte na saída de Boyko.

Precisando de um gol para se manter vivo na partida, o time ucraniano não conseguiu pressionar. Quem esteve mais perto de balançar a rede mais uma vez foi o Sevilla, com Bacca, que poderia ter assinalado um "hat-trick" aos 34, mas a cabeçada parou no arqueiro rival.



Ficha técnica:.

Dnipro Dnipropetrovsk: Boyko; Fedetskiy, Douglas, Cheberyachko e Léo Matos; Kankava (Shakhov), Fedorchuk (Bezus), Rotan, Konoplyanka e Matheus; Kalinic (Seleznyov). Técnico: Myron Markevych.

Sevilla: Sergio Rico; Vidal, Carriço, Kolodziejczak e Trémoulinas; Krychowiak, Mbia, Reyes (Coke), Banega (Iborra) e Vitolo; Bacca (Gameiro). Técnico: Unai Emery.

Árbitro: Martin Atkinson (Inglaterra), auxiliado pelos compatriotas Michael Mullarkey e Stephen Child.

Cartões amarelos: Kankava, Kalinic, Bezus, Kankava e Léo Matos (Dnipro); Krychowiak e Carriço (Sevilla).

Gols: Kalinic e Rotan (Dnipro); Krychowiak e Bacca (2x) (Sevilla).

Estádio Nacional de Varsóvia (Polônia).