Apesar dos problemas extracampo, Brasil chega como favorito ao Mundial Sub-20

Redação Central, 28 mai (EFE).- Mesmo com demissão do técnico Alexandre Gallo com a equipe já convocada e as ausências de atletas importantes, como o meia Gerson e os atacantes Gabriel e Kenedy, a seleção brasileira entrará como uma das favoritas ao título no Mundial Sub-20, que será disputado na Nova Zelândia a partir desta sexta-feira até o próximo dia 20.

Segundo maior campeão da história do torneio, com cinco títulos, um a menos que a Argentina, o Brasil deu a volta olímpica pela última vez em 2011, ano em que contou com atletas como Oscar, Philipe Coutinho, Danilo e Casemiro.

Com a ausência de Gerson (Fluminense) e Gabigol (Santos), de fora por opção de Gallo, e Kenedy (Fluminense), cortado devido a uma apendicite, o hexa passa pelos pés de jogadores que também já são importantes para seus times. São os casos dos zagueiros Marlon (Fluminense) e Lucão (São Paulo), do meia Boschilla (São Paulo) e dos atacantes Judivan (Cruzeiro) e Yuri Mamute (Grêmio).

Há também atletas que já atuam no exterior, como os meio-campistas Danilo (Braga), Alef (Olympique de Marselha) e Andreas Pereira (Manchester United) e o atacante Caio Rangel (Cagliari).

A cabeça pensante não é mais o ex-volante e sim Rogério Micale, que assumiu o posto depois de seis anos de trabalho nas categorias de base do Atlético-MG, pelo qual obteve, entre outros títulos, o troféu da Copa do Brasil Sub-20 de 2012.

O Brasil volta ao Mundial depois de ter ficado de fora em 2013, o que também acontece com a Argentina, campeã sul-americana no começo do ano. A 'Albiceleste' tenta obter uma taça que não é conquistada desde 2007, ano em que foi liderada por Sergio Agüero.

A equipe é dirigida por Humberto Grondona, filho do presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA), morto no ano passado, e tem como destaques o meia-atacante Ángel Correa, que defendeu o San Lorenzo na campanha do título da Taça Libertadores do ano passado e atualmente no Atlético de Madrid, e o atacante Giovanni Simeone. O atleta do River Plate é filho de Diego Simeone, técnico da equipe 'rojiblanca', e foi artilheiro do Sul-Americano, com nove gols.

As outras duas seleções da América do Sul também chegam à Nova Zelândia com moral. A Colômbia é vice-campeã continental, e o Uruguai ficou com o segundo lugar no último Mundial, em que foi derrotado pela França, de Paul Pogba.

Como aconteceu com o Brasil há dois anos, os 'Bleus' não se classificaram para defender o título. Campeã mundial entre as seleções principais no ano passado, a Alemanha buscará o segundo troféu no sub-20. As apostas da última vencedora do Europeu Sub-19 são o zagueiro Niklas Stark, do Nuremberg, o meio-campista Marc Stendera, do Eintracht Frankfurt, e o atacante Julian Brandt, do Bayer Leverkusen.

Portugal, vice no 'Velho Continente' terá no atacante André Silva, do Porto, sua grande referência. Ele marcou cinco gols em cinco partidas no Europeu.

Campeã mundial sub-20 em 2009, quando bateu o Brasil nos pênaltis, e terceira colocada em 2013, a seleção de Gana é a grande força africana e volta a contar com o meia Clifford Aboagye, Bola de Bronze há dois anos.



Os grupos deste Mundial Sub-20 são os seguintes:.



.Grupo A: Nova Zelândia, Ucrânia, Estados Unidos e Mianmar.

.Grupo B: Argentina, Panamá, Gana e Áustria.

.Grupo C: Catar, Colômbia, Portugal e Senegal.

.Grupo D: México, Mali, Uruguai e Sérvia.

.Grupo E: Nigéria, Brasil, Coreia do Norte e Hungria.

.Grupo F: Alemanha, Ilhas Fiji, Uzbequistão e Honduras.