EUA pedem extradição de 3 argentinos investigados por corrupção na Fifa
Os Estados Unidos pediram nesta quarta-feira a detenção com fins de extradição dos três cidadãos argentinos vinculados com a investigação por corrupção na Fifa, informou a Chancelaria argentina.
A Embaixada dos Estados Unidos em Buenos Aires entregou notas ao Ministério das Relações Exteriores da Argentina nas quais solicitou "a detenção provisória para fins de extradição de três cidadãos argentinos, fazendo referência ao Tratado de Extradição vigente entre Argentina e Estados Unidos", especificou a Chancelaria em comunicado.
A solicitação se refere aos argentinos Alejandro Burzaco, Hugo Jinkis e seu filho Mariano Jinkis, acusados de pagamento de propina e comissões ilegais.
Burzaco, de 50 anos, é o atual CEO da Torneos y Competencias S.A., a empresa mais importante de transmissão televisiva do futebol sul-americano, com base na Argentina.
Já Hugo Jinkins, de 70 anos, e seu filho Mariano Jinkins, de 40, são CEO e vice-presidente, respectivamente, da empresa Full Play, uma "joint venture" com a Torneos y Competencias e a brasileira Traffic para formar a Wematch, que comercializa os direitos da próxima Copa América, que começa em junho no Chile.
Em comunicado, a Torneos y Competencias desmentiu hoje qualquer participação da companhia e de seu presidente nos fatos denunciados.
"A Torneos y Competencias reitera sua total rejeição às vinculações injustamente apontadas e reafirma sua predisposição para colaborar com a Justiça para o esclarecimento dos fatos", diz a nota.
Os pedidos de extradição na Argentina se somam às detenções de sete dirigentes da Fifa, entre eles o ex-presidente e atual vice da CBF, José Maria Marin, que aconteceram durante a madrugada na cidade suíça de Zurique a pedido da Justiça americana.
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