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Patrocinadores da Fifa exigem comportamento ético e transparente

28/05/2015 14h33

Redação Central, 28 mai (EFE).- Alguns dos principais patrocinadores da Fifa, como Visa, Adidas, Hyundai e Coca-Cola demonstraram preocupação com as supostas práticas corruptas da entidade e cobraram um comportamento ético e transparente.

Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira uma ampla investigação contra a corrupção no mundo do futebol que afeta vários dirigentes da Fifa e que, segundo o Departamento de Justiça americano, envolve desde a eleição da África do Sul como sede da Copa do Mundo de 2010 até a designação do presidente da entidade em 2011.

A empresa mais contundente foi a Visa, que mostrou "profunda decepção e preocupação devido aos incidentes" e alertou a Fifa que irá reconsiderar o patrocínio caso a entidade não tome as medidas adequadas para reconstruir uma cultura com sólidas práticas éticas.

A empresa enfatizou, através de um comunicado, que a Fifa deve adotar medidas imediatamente para recuperar a reputação das competições futebolísticas entre os torcedores de todo o mundo.

A fabricante alemã de equipamentos esportivos Adidas disse que a companhia "busca os padrões mais altos no que se refere a comportamentos éticos", meta que também pede a seus parceiros.

A Adidas informa em comunicado que apoia a Fifa "para que estabeleça e aplique consequentemente padrões de cumpro transparentes".

"Como enfatizamos no passado, estas notícias negativas contínuas não são boas nem para o futebol nem para a Fifa ou para seus patrocinadores", conclui o comunicado.

De Seul, a Hyundai demonstrou preocupação pelos incidentes e afirmou que acompanhará com atenção as investigações, mas não definiu se tomará medidas a respeito.

"Como empresa que dá máxima prioridade às normas éticas e à transparência, estamos muito preocupados com os procedimentos legais contra certos executivos da Fifa e continuaremos observando de perto esta situação", afirma a gigante sul-coreana em comunicado.

A Coca-Cola, uma dos grandes patrocinadoras de competições esportivas, comunica que "esta longa controvérsia envolveu a missão e os ideais da Copa do Mundo da Fifa" e lembra que a empresa expressou "repetidamente" sua preocupação com estas graves acusações.

"Acreditamos que Fifa continuará abordando estes temas a fundo. A Fifa deixou claro que está respondendo a todos os pedidos de informação, e acreditamos que continuará cooperando completamente com as autoridades", assinalou.

A McDonald's Corporation ressaltou, em comunicado distribuído internacionalmente, que leva os assuntos de ética e corrupção "muito a sério" e reconhece que as notícias provenientes do Departamento de Justiça dos Estados Unidos são "preocupantes".

"Estamos em contato com a Fifa sobre este assunto. Continuaremos acompanhando muito de perto esta situação", conclui o comunicado.

Ao contrário deste coletivo de empresas, o grupo energético russo Gazprom não se pronunciou sobre a polêmica iniciada na manhã de ontem.