Em partida histórica, Cosmos goleia Cuba por 4 a 1 em Havana
Como parte das celebrações das novas relações entre Cuba e Estados Unidos, a seleção caribenha enfrentou o New York Cosmos nesta terça-feira em partida amistosa e histórica no estádio Pedro Marrero, em Havana, a primeira de um representante do futebol do país da América do Norte na ilha em 37 anos.
Superior tecnicamente a olhos vistos, o Cosmos, que disputa a NASL, um liga alternativa nos EUA, venceu por 4 a 1, mas o placar foi o de menos diante do peso diplomático do evento esportivo.
O time visitante não contou com o volante Marcos Senna, que assistiu à partida do banco, mas em traje de passeio. Já a principal estrela do elenco, o atacante Raúl, participou da festa dentro do gramado, assim como os brasileiros Rovérsio, zagueiro, e Léo Fernandes, meia.
Antes da partida, disputada sob chuva fina, foram executados os hinos dos dois países. Nas arquibancadas, torcedores exibiam bandeiras nacionais e cartazes de apoio aos atletas. Os locais foram mais lembrados, mas os visitantes, principalmente Raúl, não foram esquecidos pelos presentes, alguns vestidos com camisas de equipes internacionais, como Real Madrid e Barcelona.
O espanhol é, sem dúvida, o destaque do clube americano dentro de campo, embora tenha tido atuação discreta, jogando mais recuado que nos tempos de Real. Mas o grande ídolo no estádio era Pelé, que defendeu o Cosmos de 1975 a 1977, é presidente de honra do clube e acompanhou a partida como convidado. Antes do pontapé inicial, o 'Rei' foi aplaudido pelo público.
Fontes da Associação Nacional de Futebol de Cuba informaram que os 20 mil ingressos disponibilizados para o jogo foram vendidos, mas nem todos os lugares foram ocupados.
O Cosmos é a primeira equipe profissional dos EUA a jogar na ilha desde 1999, quando o Baltimore Orioles enfrentou a seleção cubana de beisebol, também em Havana. No futebol, o último representante americano no país vizinho foi o Chicago Sting, que em 1978 mediu forças também com a seleção local.
Não demorou muito para o time americano se impor. Logo aos nove minutos de bola rolando no primeiro tempo, Mkosana abriu o placar. Nos últimos 15 minutos, a rede ainda balançou outras três vezes, nos gols de Guenzatti e Chirishian, além de outro de Mkosana.
Na etapa final, a equipe visitante reduziu bastante o ritmo e beirou à preguiça. Mesmo com a inferioridade técnica, Cuba conseguiu evitar que sua meta fosse vazada novamente e ainda marcar o de honra, com Vaquero, aos seis minutos.
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