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Tóquio planeja mais mudanças no estádio olímpico após aumento de críticas

15/07/2015 07h41

Tóquio, 15 jul (EFE).- O governo japonês considera fazer mais modificações no projeto do novo estádio olímpico de Tóquio perante o aumento das críticas desde diversos setores por conta de sua magnitude e custo excessivos, anunciaram nesta quarta-feira fontes do Executivo.

O governo contempla "mudanças no projeto" do coliseu ou uma extensão de seu período de construção como opções para reduzir os custos, que duplicaram com relação ao orçamento original, disseram as citadas fontes à agência japonesa "Kyodo".

O Executivo pretende fazer frente assim à crescente rejeição popular contra o projeto da arquiteta Zaha Hadid, devido a seu elevado custo e seu design não adaptado ao entorno urbano do recinto, que será construído sobre o antigo estádio dos Jogos Olímpicos de Tóquio de 1964.

De acordo com uma pesquisa realizada pela rede estatal "NHK", 81% dos cidadãos japoneses se opõem à construção do estádio que será a sede central para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, enquanto só um 13% são a favor.

Nas últimas semanas também intensificaram as críticas de meios de comunicação nacionais, membros do Executivo japonês e reconhecidos arquitetos, depois que a entidade proprietária do recinto, o Conselho de Esportes do Japão (JSC), confirmou que seu custo chegaria a 252 bilhões de ienes (US$ 2 bilhões).

Além disso, o projeto causou um enfrentamento entre o governo central japonês e as autoridades metropolitanas da capital japonesa por conta da parte de dinheiro que cada instituição deverá fornecer para sua construção.

Em maio, o governo já introduziu no projeto original as remodelações para retirar seu teto retrátil e reduzir o número de assentos fixos desde os 80 mil até os 50 mil, a fim de baratear e diminuir o tempo de construção.