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Atleta russa nega acusações de doping denunciadas por reportagem

03/08/2015 14h05

Moscou, 3 ago (EFE).- A russa Yekaterina Poistogova, medalha de bronze nos 800 metros nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, negou nesta segunda-feira as acusações de doping feitas pela reportagem do canal alemão "ARD" com o jornal britânico "Sunday Times".

"Não vi o vídeo e também não quero ver. Mostre o que for, não me interessa. Constantemente me submeto a exames antidoping", disse à agência oficial "RIA Novosti".

Poistogova, de 24 anos, uma das cinco atletas russas acusadas pela reportagem de consumir substâncias proibidas, lembrou que recentemente foi chamada para prestar esclarecimentos pela Agência Mundial Antidoping (WADA).

"Não tenho nada a esconder. Não acredito uma palavra sequer da reportagem. Acho que tudo é mentira. Para mim, o importante é cuidar dos meus nervos e me preparar para a competição", ressaltou.

Segundo a imprensa local, também são citadas pela reportagem Maria Savinova - medalha de ouro em Londres, campeã mundial em Daegu (2011) e europeia em Barcelona (2010); Cristina Ugarova, Tatiana Miazina e Anastasia Bazdireva.

A Agência Antidoping Russa (RUSADA) garantiu nesta segunda-feira que também não tem nada a esconder e que colabora com a comissão independente criada pela WADA para investigar a reportagem feita há dois anos pela televisão alemã e que acusava o Estado russo de apoiar o doping.

O ministro de Esportes russo, Vitaly Mutko, declarou no domingo que a Rússia não se sente afetada pela reportagem e vinculou as denúncias com as eleições para a presidência da Federação Internacional de Atletismo (IAAF).

"Este escândalo não envolve a Rússia, mas o sistema mundial do atletismo. A Rússia adotou e adotará medidas duras contra os atletas que recorrerem ao doping", disse, complementando que a Rússia e o restante dos países "competiram com as mesmas regras".

A reportagem, que se baseia em uma lista de 12 mil exames antidoping, denuncia que a IAAF não adotou nenhuma sanção contra a maioria dos suspeitos de consumo de substâncias proibidas entre 2001 e 2012.