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"Barqueata" cobra despoluição da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro

Da EFE

No Rio de Janeiro

08/08/2015 15h01

Dezenas de embarcações saíram da Marina da Glória, neste sábado, em protesto contra a poluição na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. A "Barqueata" contou com a participação de ativistas, velejadores e pescadores, todos indignados com a má qualidade das águas da capital fluminense, que receberá provas de remo, canoagem e vela na Rio 2016. 

O protesto realizado com os barcos, canoas, veleiros, pesqueiros e botes, entre outros, durou aproximadamente 12 quilômetros. O grupo navegou em direção à enseada do bairro da Urca, tendo como objetivo chamar a atenção para a contaminação das águas.

O protesto acontece quatro dias depois do governo do Estado do Rio de Janeiro ter admitido que não cumprirá a meta de limpeza da Baía de Guanabara, estabelecida no processo de seleção para escolher a sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

"O COI foi irresponsável quando acreditou na promessa das autoridades do Rio de Janeiro. A meta de despoluir 80% sempre foi uma propaganda enganosa", disse o ecologista Sérgio Ricardo, um dos líderes do movimento Baía Viva.

Até agora, 49% das águas do local foram limpas, mas o governo fluminense não pretende mais falar em metas até meados do próximo ano.

Maior dor de cabeça da organização dos Jogos, a Baía de Guanabara será palco das competições de vela. Candidatas a participar do evento poliesportivo, a iatista Isabel Swan garantiu que a despoluição do local ia além do esporte.

"O governo está trabalhando para limpar as áreas poluídas, mas queremos mais do que isso. Queremos um compromisso de que limparão toda a Baía", disse a atleta, que participou da "Barqueata" neste sábado.

A carioca lembrou que o problema da poluição é crônico do Rio de Janeiro, sendo sua descontaminação fundamental para diversos municípios do estado.

"A limpeza é vital para os que praticam esportes, para que o façamos tranquilos, sem passar por lixo, mas também para garantir a saúde dos municípios localizados no entorno da Baía, para que os pescadores garantam sua alimentação", afirmou Swan.