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Pai de joia dos EUA vai à Corte do Esporte para filho poder jogar no Barça

01/09/2015 14h31

O pai do jovem Ben Lederman, americano da base do Barcelona, garantiu nesta terça-feira que levará a Corte Arbitral do Esporte (CAS), o caso envolvendo o filho, que não pode atuar pelo clube, por causa de punição da Fifa.

Em extensa reportagem publicada no "The New York Times", Danny Lederman garante que a impossibilidade de atuar em jogos oficiais por um ano, enquanto perdurar o embargo, estaria "matando" o jovem de 15 anos.

"E a mim também, como pai. Está me matando. Um ano? As crianças precisam jogar. Ele treina, treina, treina, mas não pode jogar, isso não está certo", lamentou.

A família Lederman viajou em 2011 da Califórnia para Barcelona, motivada pela esperança de Ben se tornar o primeiro americano a defender o clube, mas a punição imposta pela Fifa o impede de atuar, mesmo após vários recursos.

O jovem atleta não disputará partidas até janeiro de 2016, mas o pai garante que levará o caso ao CAS e "desafiar a noção básica do Artigo 19".
O chamado Artigo 19 tenta impedir que agentes e clubes tragam crianças de países menos desenvolvidos para testes. "Em termos claros, a regra dispõe que os jogadores juvenis não têm direito de se registrar como parte de um time de fora de seu país de origem até que façam 18 anos", explica o "NYT".

"Entendo que a norma foi feita para que se protejam as crianças de serem afastadas das famílias, mas a nossa tomou a decisão de se mudar para a Espanha. Por que a Fifa deve dizer onde devemos viver, se nós queremos que nosso filho jogue futebol?"

De acordo com a reportagem do "The New York Times", no fim de 2014, a Fifa definiu que as transferências de jogadores estrangeiros menores de idade estavam irregulares, o que acarretou na revogação da inscrição de atletas, assim como a não-renovação do vínculo de outros, obrigando a adoção de regras de elegibilidade corretas.