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Tribunal suíço nega liberdade a ex-presidente da Federação Venezuelana

05/10/2015 13h49

Genebra, 5 out (EFE).- O Tribunal Penal Federal da Suíça negou nesta segunda-feira o pedido do ex-presidente da Federação Venezuelana de Futebol (FVF), Rafael Esquível, de ser colocado em liberdade, já que os juízes consideram que o risco de fuga é alto.

Os advogados de Esquivel tinham apresentado o recurso argumentando motivos de saúde e a avançada idade do dirigente, de 69 anos. Ele é acusado pelos Estados Unidos de ter aceito propinas de milhões de dólares na comercialização dos direitos de transmissão da Copa América.

Esquivel, que é membro do Comitê Executivo da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), está preso na Suíça desde o fim de maio. Em 23 de setembro, sua extradição foi aprovada aos EUA, que quer julgá-lo como parte do escândalo de corrupção na Fifa.

No total, sete dirigentes das Américas Latinas e do Norte foram detidos na Suíça, onde estavam para participar do Congresso da Fifa. Entre os presos está o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin.

Um deles aceitou voluntariamente a extradição. Outros três já tiveram o processo de saída do país aprovada pelas autoridades suíças, mas ainda há tempo para que eles recorram da decisão.

O tribunal que negou o recurso de Esquivel hoje disse que os motivos alegados pelo ex-presidente da FVF "não são suficientes em relação ao risco de fuga existente". Os juízes consideraram que, apesar da avançada idade, Esquivel está em condições de realizar longas viagens.

No entanto, eles reconheceram que a prisão está provocando um sofrimento psicológico de Esquivel. Por isso, eles permitiram que exames médicos suplementares sejam realizados para determinar se o dirigente tem capacidade para suportar o carcere.

O tribunal afirmou em seu veredito que medidas complementares de segurança, como dispositivos eletrônicos de vigilância, não reduziriam o suficiente o risco de Esquivel fugir da Suíça, país com o qual não têm vínculos além das reuniões na sede da Fifa.

Esquivel vivia com sua família na Venezuela, país que - segundo dizem os membros do tribunal suíço -, não aprovaria em nenhuma circunstância um pedido de extradição feito pelos EUA.