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Argentina encara desafio de começar trajetória rumo à Copa de 2018 sem Messi

06/10/2015 20h51

Fernando Czyz.

Buenos Aires, 6 out (EFE).- A Argentina enfrentará o grande desafio de começar sua trajetória rumo à Copa do Mundo de 2018 sem Lionel Messi, que desfalcará a 'Albiceleste' nos dois primeiros jogos das Eliminatórias, uma ausência que pode se estender por mais duas rodadas, dependendo da recuperação do craque.

Na estreia, marcada para esta quinta-feira, a vice-campeã mundial e da Copa América recebe o Equador no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. O teste é complicado, especialmente quando se leva em conta que terá que conseguir uma boa atuação diante da torcida sem Messi, que sofreu uma ruptura do ligamento colateral interno do joelho esquerdo e ficará entre sete a oito semanas longe dos gramados.

O astro do Barcelona também é ausência certa na segunda partida da competição diante do Paraguai, em Assunção, na próxima terça-feira. Sua participação na difícil dupla rodada de novembro - duelos contra o Brasil, em casa, e Colômbia, em Barranquilla - ainda é uma incógnita.

"É uma lesão que vai levar o tempo que se diz, mas também pode ser que ele se sinta melhor antes", disse o técnico da Argentina, Gerardo Martino, com esperança de poder contar com o capitão da equipe já para o clássico contra o Brasil.

Mas não só a situação de Messi tira o sono do treinador. O craque do Barcelona é apenas um dos nomes em uma ampla lista de desfalques da Argentina para o início das Eliminatórias.

O lateral-esquerdo Marcos Rojo, do Manchester United, e os meias Enzo Pérez, do Valencia, Fernando Gago, do Boca Juniors, e Éver Banega, do Sevilla, também ficam de fora das primeiras partidas da equipe por causa de lesão. O problema de Gago é o que mais preocupa, já que o atleta passará cinco meses longe dos gramados devido a uma lesão no tendão de Aquiles do tornozelo esquerdo.

Outro grande desfalque será o de Gonzalo Higuaín, mas por decisão de Martino. O treinador deixou de lado a opção de convocar três atacantes de área, como habitualmente vinha fazendo, e preferiu dar oportunidades aos mais jovens.

Um dos que espera aproveitar a chance é Paulo Dybala. Com apenas 21 anos, o jogador foi um dos destaques do Palermo do Campeonato Italiano na última temporada, marcando 13 gols, fato que chamou atenção da campeã Juventus, que acabou o contratando.

Martino, no entanto, já tem algumas certezas para a estreia. Seguirá apostando em Sergio Romero como goleiro titular da equipe apesar de ele atualmente amargar a reserva no Manchester United. Já Milton Casco, do River Plate, assume temporariamente a vaga deixada por Rojo.

Para substituir Messi, porém, o treinador pensa em inovar. Ángel Correa, do Atlético de Madrid, pode ser a grande aposta de Martino para formar a dupla de ataque com Sergio Agüero. Carlos Tévez, dessa forma, ficaria no banco, junto com Ezequiel Lavezzi.

Em busca de um meio-campo equilibrado, Martino deve colocar Javier Pastore e Lucas Biglia para acompanhar Javier Mascherano e Ángel Di María, considerados como titulares absolutos da equipe.

O objetivo da Argentina, uma das favoritas nas Eliminatórias, é conseguir mais uma vez ficar com o primeiro lugar da competição classificatória. Porém, terá o retorno como grande rival do Brasil, que não participou da última edição por ser sede do Mundial.

Os argentinos só não conseguiram se classificar para as Copas do Mundo de 1950, no Brasil, de 1954, na Suíça, e de 1970, no México. EFE

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