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Ausência de Neymar põe Dunga a toda prova no começo das Eliminatórias

06/10/2015 20h51

Manuel Pérez Bella.

Rio de Janeiro, 6 out (EFE).- A seleção brasileira terá nesta quinta-feira a difícil missão de iniciar a caminhada nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 sem Neymar, que ainda tem dois jogos de suspensão a cumprir, o que representa uma oportunidade forçada para Dunga mostrar que a equipe pode funcionar sem sua grande estrela.

O jovem craque foi suspenso por quatro jogos devido à confusão em que se envolveu após a derrota para a Colômbia, pela fase de grupos da Copa América, em que o Brasil perdeu para o Paraguai nas quartas de final. Duas partidas foram cumpridas ainda durante o torneio continental, e as outras duas serão pagas nos duelos com o Chile, em Santiago, nesta quinta, e com a Venezuela, na próxima terça-feira, na Arena Castelão, em Fortaleza.

Sem poder contar com o capitão do time, Dunga se vê na mesma situação vivida em território chileno em junho. Por necessidade ou opção, o treinador trocou meio elenco em relação à Copa América e apostou na experiência para este início de classificatória.

Na convocação inicial, o ex-volante já chamou jogadores mais tarimbados que não disputaram a competição continental, como Marcelo, Luiz Gustavo e Oscar, que estavam machucados, e Hulk, que havia ficado fora por opção de Dunga.

Depois disso, a lista de atletas de maior bagagem ainda foi reforçada por Daniel Alves, Kaká e Ricardo Oliveira. O atleta do Barcelona substituiu Rafinha, que pediu dispensa, enquanto o melhor do mundo de 2007 e o artilheiro do Campeonato Brasileiro entraram nas vagas de Philippe Coutinho e Roberto Firmino, respectivamente. Os dois jogadores do Liverpool estão machucados.

Nos últimos amistosos da equipe pentacampeã mundial, as vitórias sobre Costa Rica (1 a 0) e Estados Unidos (4 a 1), em setembro, foi difícil avaliar a eficiência da equipe sem Neymar, que foi importante mesmo entrando apenas no segundo tempo. Contra os americanos, o camisa 10 balançou a rede duas vezes.

O grande objetivo de Dunga é fomentar um futebol vertical, fazer com que o Brasil pressione no campo do adversário quando não tiver a bola, contra-ataque em velocidade e aproveite a técnica dos homens de ataque para somar os primeiros pontos nas Eliminatórias.

Os encarregados de tentar minimizar a ausência da estrela do time serão jogadores rápidos e técnicos como Willian e Lucas Moura e um atacante de força como Hulk, que no mês passado atuou como centroavante nos amistosos.

Na fase classificatória, Dunga voltará a contar com uma peça fundamental, o meia Oscar, fora da seleção desde março devido a uma sequência de lesões. Ainda no meio de campo, Renato Augusto voltou a ser chamado após quatro anos. O setor ainda conta com a grande novidade da lista, Lucas Lima, companheiro de equipe de Ricardo Oliveira no Santos.

Na defesa, o treinador prescindiu de Thiago Silva, capitão na última Copa. O homem de confiança agora é Miranda, que usará a braçadeira na ausência de Neymar. David Luiz, o outro titular durante o Mundial, vem sendo mantido.

A grande incógnita são as laterais. Assim como na Copa América, Daniel Alves foi convocado como "tapa-buraco". No torneio, ele foi relacionado apenas depois da lesão de Danilo, que continua fora de combate, mas ganhou a posição do jovem Fabinho.

Na esquerda, Marcelo, que não foi ao Chile em junho, agora está disponível. Porém, pelas características mais defensivas, Filipe Luis parte como favorito à condição de titular.