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Apesar de pressão por escândalo, Blatter diz que segue na Fifa até fevereiro

07/10/2015 08h37

Berlim, 7 out (EFE).- O presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, afirmou nesta quarta-feira que está sendo "condenado de antemão" pelo escândalo de corrupção na entidade e reiterou que não pensa em deixar o cargo até fevereiro de 2016.

"A situação não é satisfatória. Me condenam de antemão, sem que existam provas contra mim de algum tipo de ação incorreta. É monstruoso", disse Blatter, em entrevista à revista alemã "Bunte".

O presidente da Fifa negou a possibilidade de renunciar e reafirmou que seguirá no posto até 26 de fevereiro de 2016, quando será realizado o congresso convocado de forma extraordinária para eleger o novo presidente da entidade.

"Não deixarei o cargo nem um dia antes", reiterou Blatter.

No meio do escândalo de corrupção na Fifa, a Procuradoria-Geral da Suíça abriu em setembro uma investigação contra Blatter, aumentando a pressão para que o dirigente suíço deixe o cargo.

Na Alemanha, o ministro do Interior, Thomas de Maizière, responsável pelo esporte no governo de Angela Merkel, afirmou ontem que a crise que afeta a Fifa deve ser resolvida o quanto antes, sem esperar até fevereiro.

Na última semana, três dos principais patrocinadores da Fifa - Coca-Cola, McDonald's e Visa - exigiram a imediata saída de Blatter devido às investigações contra Blatter pela Justiça da Suíça.

Blatter foi reeleito presidente da Fifa no fim de maio, mas dias depois, já pressionado pelo escândalo, colocou seu cargo à disposição, obrigando a entidade a convocar novas eleições.

Antes do Congresso da Fifa que o elegeu para o quinto mandato consecutivo, sete dirigentes, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin, foram presos na Suíça acusados de formação de fraude e lavagem de dinheiro.