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Corte Suprema do Paraguai rejeita ação para evitar extradição de Leoz aos EUA

03/05/2016 13h42

Assunção, 3 mai (EFE).- O processo de extradição aos Estados Unidos do ex-presidente da Conmebol Nicolás Leoz, de 87 anos, seguirá em andamento após a Corte Suprema de Justiça do Paraguai ter rejeitado nesta terça-feira a ação de inconstitucionalidade apresentada pelos advogados do dirigente.

A defesa de Leoz, que está há um ano em prisão domiciliar em Assunção, pediu em março do ano passado à Corte Suprema para anular o pedido de extradição e alegou, entre outras coisas, que o ordenamento jurídico do país não tem regulamento previsto para tramitar com extradições.

A decisão da Corte Suprema, à qual a Agência Efe teve acesso, rejeita a ação da defesa e abre o caminho para a extradição. Caso o recurso tivesse sido aceito, o processo seria arquivado.

Leoz, que presidiu a Conmebol durante quase 30 anos e foi membro do Comitê Executivo da Fifa, continua em prisão domiciliar após ter sido acusado junto a outros dirigentes da entidade de ser parte de um esquema de corrupção.

O Tribunal de Justiça do Distrito de Nova York pediu recentemente a prisão provisória de Léoz com fins de extradição. Ele é acusado nos EUA de "conspiração para concordar intencionalmente, dirigir ou participar de atividades de crime organizado, relacionado com fraude de fundo e conspiração para conceber um plano ou projeto para roubar usando veículos de imprensa".

Outras acusações contra o dirigente são "dirigir ou tentar dirigir uma transação final que envolve lucros de uma atividade ilícita".

Paraguai e EUA mantêm dois tratados bilaterais, um de 1973 e outro de 1998, que permitem a formalização de pedidos de prisão com fins de extradição entre ambos.