Candidato derrotado em eleições da Fifa critica Infantino: "Traição"
O príncipe jordaniano Ali Bin al-Hussein, candidato derrotado nas duas últimas eleições da Fifa, acusou o vencedor do último pleito e atual presidente da entidade, Gianni Infantino, de ter traído os integrantes do organismo, em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal britânico "The Telegraph".
Após o 66º Congresso da federação, realizado na semana passada na Cidade do México, Al-Hussein lamentou que algumas das propostas de Infantino estavam destinadas a minar as medidas contra a corrupção.
"O modo como as votações são apresentadas aos membros do congresso da Fifa, assim como o efeito que tiveram essas votações, foi uma completa traição para todos aqueles que pensavam que haviam escolhido a mudança, a transparência, o fair play e as reformas", considerou o príncipe jordaniano.
Na visão de Al-Hussein, as medidas apresentadas por Infantino diminuem a autonomia dos comitês independentes da Fifa, o que prejudica a transparência das ações da entidade.
"Trata-se de um dos maiores golpes que a Fifa recebeu nos dois últimos anos, com enormes ramificações. A moção que foi apresentada perante os membros no último dia foi uma surpresa para todos. Com efeito, nos pediram de repente que aprovássemos uma mudança nos estatutos que apaga a independência do comitê de ética, o comitê de auditoria e conformidade, o comitê de apelação e o comitê de reformas", criticou.
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