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Mulher que denunciou atletas do Boca nega estupro, mas diz que foi agredida

Edwin Cardona em ação pelo Boca Juniors durante jogo contra o Olimpo - Alejandro Pagni/AFP
Edwin Cardona em ação pelo Boca Juniors durante jogo contra o Olimpo Imagem: Alejandro Pagni/AFP

Da EFE, em Buenos Aires (Argentina)

18/01/2018 17h22

Buenos Aires, 18 jan (EFE).- Cintia Susana Jiménez, uma das mulheres que denunciou à polícia os jogadores do Boca Juniors Edwin Cardona e Wilmar Barrios, ambos colombianos, investigados por violência sexual, negou ter sido violentada, garantindo ter sido vítimas de maus tratos e agressões.

"A única coisa que digo é que não fui estuprada, nem sofri abuso, nada disso. Eu sim, fui maltratada, fui agredida e tenho provas e áudios. Isso será revelado com o tempo, quando a juíza ordenar", disse a mulher, que nega ser dançarina, conforme a imprensa local publicou, à emissora 'C5N'.

"A mim, ninguém violentou e isso eu quero esclarecer. Em nenhum momento, denunciei abuso sexual ou estupro. A única coisa que fiz foi denunciar maus-tratos. Os áudios que tenho, com pedidos de desculpas, são por maus-tratos", completou.

Cardona e Barrios, de acordo com as primeiras informações veiculadas pela imprensa argentina, foram denunciados por violência sexual, por duas mulheres. O crime teria acontecido na segunda-feira, em um hotel no bairro de Puerto  Madero, em Buenos Aires.

A outra vítima seria Amanda Catherine Alayo, que teria sustentado a versão de abuso sexual. Cintia, no entanto, preferiu não comentar as afirmações da jovem também envolvida, dizendo que não tem nada a ver com as demais versões sobre o caso.

Segundo Cintia, que está grávida de três meses e tem outras duas filhas pequenas, afirmou que havia facas no local e que isso assustou, mas negou que os jogadores tenham usado-as para fazer ameaças.

"Com que cara explico a uma menina de dez anos e a outra de sete, que estão dizendo que a mãe dela é uma prostituta, uma dançarina? Elas sabem que, todas as noites, durmo com elas e que, de dia, faço tudo o que posso para sustentá-las", garantiu a jovem.

Cintia depois à polícia nesta quarta-feira durante 11 horas e precisou ser atendida por médicos, pois desmaiou ao ver a quantidade de jornalistas que tentavam registrar sua presença na delegacia.

"Sou uma mãe de família, dona de casa, que vive como pode. Vendo roupa, cosméticos", disse a mulher à "C5N".

Ontem, o advogado de Cardona e Barrios, Miguel Ángel  Pierri, admitiu que os dois clientes estiveram no hotel em Puerto Madero, mas descartou que os jogadores cometeram qualquer crime.

"Eles se declaram totalmente inocentes. É verdade que estiveram durante a noite com um cabelereiro, que estava acompanhado de um assistente e algumas outras pessoas, algumas mulheres, que não conheciam e com que não tiveram contato", afirmou à "TyC Sports".

Hoje, o responsável pela defesa da dupla concedeu entrevista coletiva e descartou a possibilidade de prisão, justificando que os colombianos já declararam disposição em colaborar com a investigação e terem garantido que pretendem prestar depoimento sobre o caso.