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Mãe de Guerrero diz que atacante está "destroçado" por não ir à Copa

Guerrero não vai poder defender o Peru na Copa do Mundo da Rússia - Marcos Brindicci/Reuters
Guerrero não vai poder defender o Peru na Copa do Mundo da Rússia Imagem: Marcos Brindicci/Reuters

EFE

14/05/2018 15h13

O atacante da seleção do Peru e do Flamengo, Paolo Guerrero, está "destroçado" após saber que não poderá disputar a Copa do Mundo da Rússia, afirmou nesta segunda-feira (14) a mãe do jogador, Petronila  Gonzáles, conhecida como "Dona Peta".

Dona Peta está no Brasil com o jogador e afirmou à emissora "RPP Notícias" que a suspensão por 14 meses por doping imposta nesta segunda pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) é um "golpe baixo", especialmente depois de seu filho ter voltado a jogar.

"Logo depois de ele começar a jogar ele sofreu um golpe malvado", disse Gonzáles sobre a nova punição ao filho.

Muito popular no Peru, Dona Peta afirmou existir um "complô" contra seu filho. Segundo ela, fariam parte do esquema o veterano atacante Claudio Pizarro e alguns dirigentes da Federação Peruana de Futebol (FPF). A mãe do jogador do Flamengo ainda disse que não teme ser processada ou presa pelas declarações.

Para a mãe de Guerrero, o filho teve uma carreira irrepreensível que foi manchada com essa punição. A suspensão foi anunciada horas depois de o atacante participar de uma sessão de fotos da FPF após ter sido incluído na pré-lista de convocados do Peru para o Mundial.

"Ele é um menino que saiu debaixo e agora eles o trouxeram de volta para baixo", lamentou Dona Peta.

Guerrero testou positivo para doping por benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína, em um exame realizado depois de uma partida contra a Argentina pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo.

A Fifa puniu Guerrero inicialmente com um ano de suspensão, que passou a valer no dia 3 de novembro de 2017, mas o Comitê de Apelações da entidade reduziu a punição por seis meses ao considerar que apesar de o jogador ter tido certo grau de negligência isso não era significativo.

O atacante não concordou com a decisão e recorreu ao CAS para ser inocentado. A Agência Mundial Antidoping (Wada) entrou como parte interessadas na ação, pedindo a ampliação da punição para pelo menos um ano, como prevê os regulamentos da entidade nesse tipo de caso.

Após a audiência realizada no último dia 3, mesmo dia que a punição de seis meses se encerrou, a CAS aceitou parcialmente o argumento da Wada e ampliou a suspensão por oito meses. Desta forma, o atacante ficará longe dos gramados até 13 de janeiro de 2019.

A CAS argumentou que ficou provado que o jogador descumpriu as regras antidoping e, apesar de não querer melhorar seu rendimento com a ingestão de uma substância proibida, agiu de maneira negligente.