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Sete torcedores argentinos são detidos na África do Sul

Da Reuters<br>Em Pretória (AFS)

06/06/2010 15h00

Ao menos sete torcedores argentinos violentos foram detidos neste domingo no aeroporto de Johanesburgo quando chegavam ao país para assistir à Copa do Mundo, disse à Reuters o chefe de segurança da seleção argentina na África do Sul.

Entre 500 e 600 "barras bravas" (fanáticos) teriam chegado no domingo ao país africano, o que despertou temores de que possam gerar incidentes nas arquibancadas e nas proximidades dos estádios.

"Temos até o momento sete pessoas detidas, eu não posso lhes dar os nomes ainda porque o procedimento não terminou", disse o comissário da Polícia Federal Argentina, Hugo Lompizano, que trabalha com as autoridades sul-africanas em temas de segurança para o evento esportivo.

O grupo de presos poderia ser deportado à Argentina por supostamente ter antecedentes de violência, "embora a decisão dependa da polícia local", assegurou Lompizano no campo de treinamento da Universidade de Pretória, onde treinavam os argentinos.

Segundo a mídia argentina, seis dos torcedores serão deportados nas próximas horas.

Entre os detidos estariam alguns célebres "barras" como Juan Duarte, Andrés Bracamonte, Pablo Derefines, Luis Tucci, Julio César Navarro e Sergio Roldán, segunda a imprensa sul-africana.

Há mais de 10 dias um punhado de torcedores argentinos considerados violentos pernoitam na capital sul-africana, onde a seleção argentina está treinando para sua estreia no mundial frente à Nigeria em 12 de junho pelo Grupo B, que inclui Coreia do Sul e Grécia.

Por disposição da Fifa, o treinamento de domingo foi aberto ao público. Para evitar a entrada dos "barras", a Associação de Futebol Argentino (AFA) e as autoridades policiais decidiram limitar o acesso a convites de estudantes de colégios da região e personalidades.

"A maioria das pessoas são das cinco escolas que Maradona visitou quando veio antes a Pretória e de residentes da África do Sul (...) Todos convidados, também passaram alguns torcedores argentinos comuns", disse o comissário.

A polícia local acionou intensas medidas de segurança em torno da seleção argentina, para a qual destacou 200 policiais e forças especiais que rondam a região fortemente armados e com cães que buscam explosivos.