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Felipão mantém discurso otimista e nega pressão exagerada sobre jogadores

Por Pedro Fonseca
Imagem: Por Pedro Fonseca

03/07/2014 17h02

Por Pedro Fonseca

FORTALEZA (Reuters) - Apesar das atuações abaixo do esperado e do sufoco no jogo contra o Chile, o técnico Luiz Felipe Scolari afirmou nesta quinta-feira que o Brasil permanece com uma mão na taça da Copa do Mundo e negou que o favoritismo proclamado pela comissão técnica tenha resultado em uma pressão exagerada sobre os jogadores.

"Continua, já vamos para o quinto passo, não esqueça que são sete passos", respondeu o treinador ao ser questionado durante entrevista coletiva, nesta quinta-feira, se o discurso de favoritismo continuaria o mesmo do início da Copa.

Logo no primeiro dia de preparação do Brasil para o Mundial o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira afirmou que a seleção brasileira já estava "com uma mão na taça" por jogar a Copa em casa com o apoio do torcedor.

Desde então, porém, o time falhou em repetir as boas atuações da conquista da Copa das Confederações do ano passado e esteve muito perto de ser eliminado pelo Chile nas oitavas de final, numa partida em que levou uma bola no travessão no segundo tempo da prorrogação.

O Brasil acabou vencendo no pênaltis, mas as cenas de choro de jogadores importantes como Neymar e o capitão Thiago Silva geraram um amplo debate sobre o estado emocional dos jogadores, diante da pressão para ser campeão mundial em casa.

Mesmo assim, Felipão garantiu que o status do Brasil na Copa do Mundo permanece o mesmo.

"Continuam aquelas declarações do Parreira, foram espetaculares. Não podia ser diferente, não deveria ser diferente, nossa população não esperava nada diferente, eles querem que a gente coloque para eles o que nós queremos. Continuamos com esse mesmo discurso", acrescentou o treinador, em entrevista no estádio Castelão, onde o Brasil enfrentará a Colômbia, na sexta-feira, pelas quartas de final da Copa do Mundo.

O treinador, no entanto, destacou o equilíbrio do Mundial, uma vez que dos oito confrontos das oitavas de final, cinco foram para a prorrogação.

Segundo Felipão, ele perguntou aos jogadores se a comissão técnica teria colocado pressão sobre o grupo ao proclamar o favoritismo do Brasil antes do início da Copa. O técnico afirmou que o grupo garantiu que a cobrança parte dos próprios atletas.

"Os jogadores disseram que esse é o normal de um campeonato mundial no Brasil", afirmou.

A seleção brasileira treina nesta quinta no estádio Presidente Vargas em vez do Castelão para preservar o gramado do local da partida. Os colombianos também não farão o chamado treino de reconhecimento do gramado da arena.

O vencedor de Brasil x Colômbia enfrentará nas semifinais o ganhador de França x Alemanha, que se enfrentam também na sexta-feira, no Maracanã.