Argentina enfrenta favoritismo da Alemanha e oposição brasileira na final
By Andrew Cawthorne
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Alemanha luta para se tornar a primeira seleção europeia a conquistar uma Copa do Mundo em solo latino-americano na final deste domingo contra a Argentina, cujo capitão, Lionel Messi, quer seguir os passos do grande Diego Maradona.
Os alemães são os favoritos depois do massacre de 7 x 1 no Brasil na semifinal, mas com Messi a Argentina tem um dos maiores jogadores da atualidade, que pode virar um jogo importante em um segundo e adoraria levar a taça para casa pela primeira vez desde 1986, quando a seleção era capitaneada por Maradona.
Para desgosto dos brasileiros, cuja rivalidade com os vizinhos sul-americanos é profunda, cerca de 100 mil argentinos invadiram o Rio de Janeiro para o final.
Alguns pagaram 10 mil dólares por um pacote de passagem aérea e hotel, e outros dirigiram dois mil quilômetros desde Buenos Aires.
Bandeiras argentinas, barracas e carros se espalharam pelas praias de Copacabana e Ipanema, e muitos foram vistos no Cristo Redentor vestidos com o branco e o azul da seleção.
Os torcedores brasileiros estão depositando suas esperanças nos alemães, à espera de que impeçam uma vitória que permitirá aos argentinos se gabar durante anos. Alguns locais, com ingressos para a decisão na qual sonhavam em ver o Brasil erguer suas sexta Copa, envergaram as cores alemães para a ocasião.
“Perdoamos à Alemanha o que ela nos fez. Na verdade, nós os admiramos porque jogaram do jeito brasileiro”, disse o morador Bruno Perreira do lado de fora do Maracanã, vestido de alemão e brincando com torcedores argentinos.
É a terceira final de Mundial entre Alemanha e Argentina. A Argentina venceu a emocionante decisão de 1986 por 3 x 2 na Cidade do México, e os alemães os bateram por 1 x 0 quatro anos depois em um jogo terrível em Roma.
E a história não para por aí: a Alemanha eliminou a Argentina nas duas últimas Copas nas quartas de final, humilhando os sul-americanos em 2010 com o placar de 4 x 0 e expondo a ingenuidade tática do então técnico Maradona.
Ao final de um torneio empolgante, no qual o ataque prevaleceu e os gols foram muitos, a última partida deve ser mais espinhosa, já que a Alemanha irá tentar anular Messi com uma marcação cerrada e a Argentina cuidará para não deixar espaços abertos, como fez o Brasil.
Os dois goleiros, o alemão Manuel Neuer e o argentino Sergio Romero, estão na sua melhor fase, enquanto Messi, com quatro gols na competição, e Thomas Mueller, com cinco, estão de olho na “Chuteira de Ouro” para o artilheiro da Copa.
(Reportagem adicional de Javier Leira)
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