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Equipes pequenas da F1 veem progresso em negociação de redistribuição de verbas

22/11/2014 13h17

Por Alan Baldwin

ABU DHABI (Reuters) - As equipes pequenas da Fórmula 1 sentiram que pelo menos um pequeno avanço foi feito, neste sábado, após reunião com o chefe comercial da F1, Bernie Ecclestone, e a CVC, empresa dona dos direitos comerciais da categoria.

Os chefes de Sauber, Force India e Lotus informaram a repórteres durante treino livre para o GP de Abu Dhabi que Ecclestone se desculpou por tê-los chamado de “mendigos”, e reconheceu que eles têm um ponto a defender na redistribuição de verbas.

“É uma das primeiras vezes, não serei arrogante de dizer que é a primeira vez, que sentimos que, de alguma maneira, com algumas pessoas-chave, a moeda caiu para outro lado”, afirmou Gerard Lopez, dono da Lotus.

“Quando a CVC assumiu, o esporte gerava 245 milhões de dólares para os times, agora esse valor está próximo de 900 milhões, mas é quase de uma maneira pior do que jamais foi.”

As três escuderias enviaram uma carta a Ecclestone no início da semana solicitando uma reunião no fim de semana da última corrida da temporada depois de terem frustradas suas solicitações para um corte nos custos e mais igualdade na divisão das receitas.

As equipes argumentam que um esporte que gera 900 milhões de dólares para as escuderias, ainda que com uma divisão desigual, não deveria estar em uma posição em que alguns times tiveram de passar por uma intervenção administrativa e outros correm risco de entrar em colapso.

Times de ponta como Mercedes, Ferrari e Red Bull recebem pagamentos especiais e também têm lugar no grupo estratégico que toma decisões sobre o esporte.

As equipes falaram em sua carta, assinada por Bob Fernley, chefe da Force India, a respeito de “um cartel questionável” de quem detém os direitos e os times de ponta que controlam “tanto a administração da Fórmula 1 quanto, aparentemente, a distribuição das... verbas”.

Um político britânico, posteriormente, chamou a atenção das autoridades de competição da Comissão Europeia para o caso.

Vijay Mallya, dono da Force India, percebeu um espírito mais cooperativo por parte dos donos dos direitos, observando que Ecclestone e o copresidente da CVC, Donald Mackenzie, “fizeram o seu dever de casa”.

“Minha impressão é que eles estão pensando seriamente como resolver esta questão”, acrescentou Mallya.

Lopez afirmou que a questão da Comissão Europeia foi discutida brevemente na reunião deste sábado e, mesmo desconsiderando que ela teria sido responsável pela mudança de postura, foi reconhecido que o fato de ela ter sido envolvida pode ter ajudado.

“Eu lidei com a comissão em dois dos outros negócios, não tenho certeza se alguma coisa iria acontecer ou não, mas você não quer que a comissão se envolva nos negócios”, disse ele.