Nuzman se diz preocupado com medalhas do vôlei em 2016 se BB não retomar patrocínio
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê dos Jogos de 2016, Carlos Arthur Nuzman, pediu nesta terça-feira que o Banco do Brasil retome o patrocínio à Confederação Brasileira de Vôlei sob risco de o país não conquistar quatro medalhas olímpicas nesta modalidade nas Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro.
O Banco do Brasil suspendeu na semana passada o repasse de verbas à CBV após denúncias de irregularidades em contratos da confederação que, juntos, somam 30 milhões de reais em pagamentos feitos entre 2010 e 2013.
"Com relação aos contratos com o BB espero que seja uma suspensão temporária porque o que preocupa é 2016. Estão em jogo quatro medalhas", disse Nuzman a jornalistas em evento esportivo no Rio de Janeiro.
"Óbvio que isso nos deixa preocupados, e espero que o BB possa rever suas regras e possamos seguir adiante", acrescentou.
Entre as supostas irregularidades encontradas na auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) estão pagamentos para empresas possivelmente fantasmas de genros do ex-presidente da Confederação Brasileira de Vôlei Ary Graça, atualmente à frente da Federação Internacional de Vôlei. A CGU também identificou que bônus de performance não eram repassados aos atletas.
O banco condicionou a retomada e a continuidade do patrocínio à adoção de medidas apontadas pela CGU.
Nuzman estima que o Brasil pode conquistar quatro medalhas no vôlei em 2016, sendo duas no vôlei de quadra (masculino e feminino) e outras duas na categoria disputada na areia, também nas duas modalidades.
"Não temos por hábito intervir e só agimos quando há necessidade de mudar regulamentação, administração ou se houver um pedido. Não é o caso", declarou Nuzman. "O vôlei é um exemplo pelas conquistas e da forma que cresceu e se estruturou. Não tenho a menor dúvida disso."
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)
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