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Apesar de progresso, Rio tem cronograma apertado para eventos-teste, alerta COI

25/02/2015 17h02

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Rio de Janeiro fez avanços nos preparativos, mas entrou no período mais intenso de preparação e precisa acelerar o ritmo das obras em pelo menos três arenas que estão com o cronograma bastante apertado para a realização de eventos-teste ainda este ano, afirmou nesta quarta-feira a comissão de coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI) em vista à cidade.

“Ficamos satisfeitos com o progresso feito nas arenas, visitamos Barra e Deodoro para testemunhar todo progresso que foi feito… mas o Rio está entrando no período mais intenso da preparação, um período em que o Rio precisa ter um novo nível de detalhamento nos preparativos dos eventos-teste”, disse Nawal El Moutawakel, presidente da comissão, em entrevista coletiva.

“Essa intensidade será totalmente vista em locais como as instalações do golfe, o velódromo e do hipismo, que têm um cronograma muito agressivo para estarem prontos a tempo para os eventos-teste”, acrescentou a dirigente, na 8a visita da comissão à cidade, a pouco menos de um ano e meio da realização dos Jogos.

Além dos cronogramas apertados nessas instalações esportivas, o COI ressaltou que as obras que precisam de maior atenção são os projetos de transporte e as construções de hotéis.

Quando se candidatou aos Jogos, o Rio tinha 18 mil quartos de hotel e precisava chegar a 40 mil para o evento. De acordo com o comitê organizador Rio 2016, a cidade já tem 36 mil quartos e o restante será construído a tempo antes da Olimpíada.

Já a construção da Linha 4 do metrô, a mais importante para os Jogos Olímpicos por ligar a Barra da Tijuca ao restante da cidade, sofreu problemas na perfuração que representaram atrasos nas obras.

“Muito trabalho precisa ser concluído este ano para que a experiência dos Jogos seja de mais alto nível para os atletas e espectadores”, disse Nawal.

Sobre a poluição da Baía de Guanabara, problema que tem acompanhado a preparação da cidade para os Jogos desde que o governo do Estado disse que não cumpriria a meta de despoluição, o COI afirmou ter recebido garantias das autoridades de que continuarão a buscar o objetivo de tratar 80 por cento do esgoto lançado na baía.

“Eles reafirmaram os 80 por cento”, disse o diretor de Jogos Olímpicos do COI, Christophe Dubi, na entrevista, sobre as reuniões com as autoridades fluminenses.

(Por Pedro Fonseca)