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Valcke nega prática de corrupção em transferência bancária investigada por EUA

03/06/2015 13h49

PARIS (Reuters) - O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse nesta quarta-feira que não é culpada de qualquer prática corrupta em uma transferência bancária de 10 milhões de dólares investigada por autoridades dos Estados Unidos, e disse não ver nenhuma razão para renunciar ao seu cargo.

"Não tenho nenhuma razão para dizer que não deveria permanecer como secretário-geral por conta do que aconteceu nos últimos dias, porque eu não tenho responsabilidade", disse ele à rádio France Info. "Estou além de qualquer reprovação e certamente não me sinto culpado. Então sequer tenho que justificar que sou inocente", acrescentou.

O nome de Valcke foi envolvido depois de vir à tona um pagamento de US$ 10 milhões do Comitê Organizador do Mundial da África do Sul 2010 à Concacaf. O jornal “The New York Times” indicou que o secretário-geral da entidade poderia ser a pessoa responsável por várias transações desse valor, que seriam relacionadas à rede de corrupção que prendeu sete dirigentes na Suíça.

A publicação afirmou que esses pagamentos eram supostamente utilizados para pagar propina para que a África do Sul fosse escolhida como a sede da Copa do Mundo de 2010.

Em um comunicado divulgado pela Fifa, a entidade negou qualquer envolvimento de Valcke no esquema e afirmou que o valor havia sido aprovado pelo governo da África do Sul para “apoiar a diáspora africana em países do Caribe como legado do Mundial”.

Joseph Blatter também na mira

De acordo com informações publicadas pela rede de TV “ABC News” e o jornal “New York Times”, Joseph Blatter estaria sob investigação da procuradoria do Estado de Nova York, no mesmo processo que prendeu sete dirigentes do alto escalão do futebol na última semana, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

Uma fonte ligada às investigações teria confirmado à “ABC News” que o suíço está na lista de suspeito dos procuradores, mas não foi citado nominalmente porque as autoridades não reuniram informações suficientes sobre Blatter.

(Reportagem de Leigh Thomas)