Topo

Conmebol aprova reformas para promover transparência após escândalo de corrupção

29/07/2015 17h54

ASSUNÇÃO (Reuters) - A Conmebol informou nesta quarta-feira que vai lançar um programa em que um perito independente vai supervisionar contratações comerciais e investigará denúncias de corrupção em sua primeira determinação, após o escândalo no futebol mundial ter respingado em alguns dos seus dirigentes.

Uma circular do diretor geral Gorka Villar publicada no site da Confederação Sul-Americana de Futebol explicou detalhes do plano aprovado no fim de semana em uma reunião na Rússia, num momento em que aumentam as críticas sobre a entidade, exigindo maior transparência e comunicação.

O documento disse que o programa envolve a divulgação dos salários das autoridades da Conmebol e garantirá um "mecanismo ágil que permita a denúncia e investigação efetiva de atividades ilegais, corruptas e outras condutas indevidas".

Em termos comerciais, a entidade que controla o futebol sul-americano afirmou que não estabelecerá relações contratuais com pessoas às quais existam acusações formais "das autoridades governamentais ou judiciais competentes de um crime que comprometa a integridade do futebol".

Também foi aprovado um protocolo para a licitação e aceitação de ofertas, em que haverá investigação exaustiva dos antecedentes das empresas. Os contratos incluirão cláusulas anticorrupção e disposições sobre rescisão, acrescentou a circular.

A Conmebol está no centro do furacão desde que foi tornada pública a investigação de autoridades norte-americanas com acusações de corrupção contra dirigentes do futebol mundial.

Em maio, sete dirigentes foram presos em Zurique, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin, o ex-presidente da Conmebol Eugenio Figueredo e o venezuelano Rafael Esquivel, que era membro do comitê executivo da entidade sul-americana.

O paraguaio Nicolás Leoz, que foi durante 27 anos presidente da Conmebol e renunciou em 2013 pressionado por denúncias de corrupção, enfrenta um pedido de extradição do governo dos Estados Unidos.

(Reportagem de Daniela Desantis)