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Hulk quer jogar mais perto do gol para ajudar seleção a voltar a ganhar

01/09/2015 18h05

(Reuters) - Um dos participantes do time brasileiro que fracassou na Copa do Mundo de 2014, o meia-atacante Hulk espera ajudar a seleção a reconstruir sua história de vitórias, de preferência mais perto do gol adversário.

Quando o Brasil tinha Luiz Felipe Scolari no comando, era comum ver o jogador voltando até a defesa pela beirada de campo acompanhando os alas do time adversário.

“Com certeza quando a gente corre muito para trás a perna pesa para chegar na frente depois. Era difícil e mudei um pouco a minha forma de jogar com o professor Felipão. Mas nunca questionei“, disse Hulk nesta terça-feira nos Estados Unidos, onde o Brasil se prepara para amistosos contra Costa Rica e EUA, nos dias 5 e 8 de setembro.

Além da força física, Hulk se destacou no futebol internacional pelos gols marcados e pelos chutes fortes de longa distância. Pela seleção, no entanto, não marcou muitos gols.

“Joguei um pouco diferente do que me acostumei a jogar lá (na Europa), mais solto e mais à vontade e tenho tido um bom rendimento“, avaliou Hulk.

O meia-atacante do Zenit, da Rússia, revelou depois de praticamente um ano longe da seleção que está disposto a atuar no que chamou de “as quatro posições” de frente do time. “Estou há muito tempo na Europa jogando nas quatro posições de frente...estou à disposição para dar o meu melhor“, declarou.

“Tento certeza que o Brasil voltará a ganhar títulos e voltará a ser uma potência no futebol mundial”, completou ele.

LUCAS LIMA

Se Hulk pode ser considerado um veterano do Brasil, uma vez que é chamado desde a época de Mano Menezes, o meia Lucas Lima, um dos destaques do Campeonato Brasileiro pelo Santos, ainda está em fase de adaptação.

O jogador foi lembrado pela primeira vez pelo técnico Dunga e ainda parece acanhado com o novo ambiente.

“Praticamente não conheço ninguém, mas estou aqui realizando um sonho de criança”, disse ele a jornalistas antes de revelar que estava ansioso para fazer o tradicional discurso dos novatos feito aos veteranos da seleção brasileira.

“Pensei alguma coisa, mas sei que na hora não vai sair muita coisa do que pensei", afirmou.

O jogador aparece num momento em que há uma carência de um meia organizador de jogadas, um típico "camisa 10" na seleção brasileira. O veterano Kaká, de 33 anos, também foi chamado por Dunga, que ainda não revelou a equipe titular.

“Acho que meu ano está sendo bom; estou sendo muito regular…acho que isso me trouxe à seleção”, afirmou Lucas Lima. “Não tenho muito tempo de treino, tenho que mostrar meu potencial e aproveitar o tempo para mostrar minhas características. Vou tentar em 10 ou 15 minutos fazer o que faço no Santos”, concluiu.

(Por Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)