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Atacante do Liverpool diz ter sofrido racismo em torneios desde os 12 anos

Rhian Brewster posa com a chuteira de ouro que ganhou pela seleção da Inglaterra - Buda Mendes/Getty Images/via FIFA
Rhian Brewster posa com a chuteira de ouro que ganhou pela seleção da Inglaterra Imagem: Buda Mendes/Getty Images/via FIFA

29/12/2017 18h51

LONDRES (Reuters) - O jovem atacante Rhian Brewster, do Liverpool, disse ter sido alvo de abusos raciais atuando pelo clube inglês e pela seleção da Inglaterra desde os 12 anos de idade.

Ao jornal Guardian, Brewster disse ao jornal que ele e outros jogadores negros foram alvos de apelidos racistas e barulhos característicos de "macaco" em partidas da Liga Jovem da Uefa e da Copa do Mundo Sub-17 pela Inglaterra, que foi campeã do torneio.

"Eu não acho que a Uefa leve este assunto a sério. Eles, na verdade, não ligam. É isto que parece, como se fosse varrido para debaixo do tapete", disse o jogador de 17 anos nesta sexta-feira.

Brewster  descreveu ter sido alvo de racismo por jogadores durante partidas da Liga Jovem da Uefa contra Sevilla e Spartak de Moscou, e, embora os incidentes tenham sido relatados a autoridades da partida, nenhuma ação foi tomada - quando houve punição, as consequências foram relativamente leves.

O Spartak de Moscou foi obrigado a fechar 500 assentos e exibir um cartaz com as palavras "Jogo Igual" após torcedores terem feito barulhos de macacos para o jogador.

"Não é realmente uma punição, é? Não foi nada, na verdade, só um tapa na mão... Tinha que ter sido mais, um estádio inteiro banido", disse Brewster.

"Eu amo este jogo. Eu nunca vou deixar de amar. É triste saber que isto ainda está no jogo", acrescentou. "Se isto não estivesse no jogo, seria muito melhor."