Dakar terá percurso entre cidade natal de Messi e refúgio de Neruda

A organização do Rali Dakar informou nesta quarta-feira que a edição de 2014 da competição off-road mais tradicional do mundo começará na cidade argentina de Rosario, terra natal do jogador Lionel Messi, e terminará em Valparaíso, famoso refúgio do poeta chileno Pablo Neruda.

A largada em Rosario foi marcada para o dia 5 de janeiro, e a chegada em Valparaiso, no litoral chileno, deverá acontecer 13 dias depois. Além de Chile e Argentina, o Dakar de 2014 passará pela primeira vez na Bolívia, 28º país a receber o rali na história.

“Encontramos novamente o terreno para um Dakar espetacular, com três países que não se parecem entre si e que prometem dificuldades extremas”, declarou o diretor do Dakar, Etienne Lavigne, na apresentação do rali em Paris.

Será a sexta vez seguida que a competição usará a América do Sul como cenário. Inicialmente, o rali saía da Europa em direção a Dakar, capital do Senegal, na África. Mas, em 2008, ameaças terroristas causadas pela instabilidade política na região causaram o cancelamento do evento, que no ano seguinte atravessou o Atlântico e adotou Argentina e Chile como bases.

O Peru foi incorporado neste ano como sede da largada do Dakar, mas não foi incluído no roteiro de 2014. A organização decidiu passar pela Bolívia, na região de Potosí. As negociações com La Paz aconteciam há dois anos e, graças ao impulso do presidente Evo Morales, finalmente se concretizaram.

No entanto, devido às condições extremas do revelo boliviano, que se divide entre o planalto e a selva amazônica, somente as motos e quadriciclos participarão das duas etapas sediadas no país. “Na Bolívia, o Dakar passará por terrenos realmente complicados. Em muitos casos, a logística nos impedia de levar carros e caminhões a lugares onde as motos conseguem circular”, observou Lavigne.

O Rali Dakar de 2014 sairá de Rosario rumo a Oeste, em direção aos Andes. Depois da chegada a Salta, as motos e os quadriciclos seguirão para a Bolívia, enquanto carros e caminhões entrarão direto no temido deserto do Atacama. A chegada será na bela Valparaiso, que já serviu como sede de descanso em edições anteriores.

A organização ressaltou que o rali busca novos desafios e e estuda a inclusão de novos países no futuro: “Nossas bases são Argentina e Chile, e subir até o Peru, desta vez, seria muito complicado. Mas mantemos nossos contatos no Peru, que pode voltar a ser parceiro”, explicou Lavigne, que citou Paraguai e Equador como potenciais destinos nas próximas edições.