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Está mais caro ver a Indy em Brasília do que as 500 Milhas de Indianápolis

Autódromo Nelson Piquet, em Brasília, deve receber 30 mil pessoas no dia 8 de março - Antonio Araújo/UOL
Autódromo Nelson Piquet, em Brasília, deve receber 30 mil pessoas no dia 8 de março Imagem: Antonio Araújo/UOL

Daniel Brito

Do UOL, de Brasília

21/01/2015 06h00

Assistir à etapa brasileira da Fórmula Indy no Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Brasília, pode sair mais caro que acompanhar a mítica prova das 500 Milhas de Indianápolis, nos Estados Unidos. Os ingressos para a corrida que abre a temporada 2015, no Distrito Federal, variam de R$ 140 a R$ 300 (preço de inteira).

Fazendo a conversão para dólar, com a cotação a R$ 2,62, de acordo com o Banco Central, os bilhetes do evento em Brasília custam de US$ 53 a US$ 114, divididos em quatro categorias, de acordo com a localização no circuito. Muitos deles, são para assentos em arquibancadas temporárias. Os ingressos estão à venda há pouco mais de 15 dias pela internet e a etapa será em 8 de março.

Já em Indianápolis, a prova mais famosa da categoria chega à sua 99ª edição neste ano, em 25 de maio, com o ingresso mais barato na casa dos US$ 40, ou seja, R$ 104. Há outras oito categorias de tíquetes, até o teto de US$ 186 (R$ 488).

Mas esses mais caros dão acesso a um espaço reservado nas arquibancadas, uma área chamada de Penthouse (varanda, numa tradução livre), o que não existe no Autódromo Nelson Piquet. Funciona como uma espécie de varanda coberta, em pontos mais altos da arquibancada, com vista para toda a extensão do percurso. Com exceção dos Penthouses, os demais setores não saem por preço superior a US$ 109, mais baratos que os US$ 114 do Distrito Federal.

De acordo com a assessoria de imprensa do evento no Brasil, os valores são definidos pela Band, promotora da etapa. “Isso, apesar de todos os custos inerentes em trazer toda a categoria para o Brasil. Em Indianápolis não há esse problema, pois boa parte das equipes ou é da cidade ou é da região”, justificou a assessoria. 

O circuito de Indianápolis é reconhecido internacionalmente como a arena esportiva com maior capacidade de receber público em todo planeta. Só nas arquibancadas, cerca de 200 mil pessoas podem ser acomodadas nas cadeiras. Há espaço ainda para mais 400 mil espectadores na interna do circuito, no gramado.

Os privilegiados que conseguem se alojar nas arquibancadas nordeste, noroeste, sudeste e sudoeste, exatamente onde estão uma das quatro curvas do circuito oval, local de maior emoção durante a prova, desembolsam R$ 270 (US$ 103).

No circuito brasiliense, são necessários R$ 300 (US$ 114) para assistir à corrida nos setores E, I ou J, onde devem ocorrer as disputas mais empolgantes, porque ficam em retas ou no final delas.

Em favor de Brasília, conta o fato de o ingresso dar direito aos treinos livres da quinta-feira e sexta-feira, assim como fazem nas outras etapas da Indy na temporada. Mas não ocorre nas 500 milhas, porque os treinos ocorrem até 15 dias antes da largada.

No Distrito Federal, diferentemente de Indianápolis, não há a possibilidade de se instalar no gramado na área interna do percurso. Nem muito menos é possível comprar uma cadeira em uma Penthouse, porque não há esta opção. O que mais se aproximaria deste tipo de setor seriam os camarotes. Mas esses não estão disponíveis para venda avulsa, apenas corporativa. Há casos de empresas que já investiram em camarotes em etapas da Indy nos Estados Unidos e abriram mão de replicar a fórmula no DF. Os custos dos camarotes não foram revelados.

A expectativa é de 30 mil torcedores no domingo, 8 de março, nas arquibancadas e camarotes do Autódromo Nelson Piquet.