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Novo formato de pontuação da Superliga agrada aos homens, mas deixa as mulheres insatisfeitas

Homens aprovaram o novo sistema de pontuação da Superliga para esta temporada - Alexandre Arruda/Divulgação CBV
Homens aprovaram o novo sistema de pontuação da Superliga para esta temporada Imagem: Alexandre Arruda/Divulgação CBV

Luiz Paulo Montes e Paula Almeida

Em São Paulo

09/12/2011 14h00

A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) resolveu mexer no formato de pontuação da Superliga para equilibrar ainda mais a competição, que começa nesta sexta-feira para as mulheres. A partir desta temporada, vitórias por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1 garantem três pontos à equipe. Já um triunfo por 3 sets a 2 dará somente dois pontos ao vencedor, e um ao perdedor. Este modo é usado nos países europeus e também nos torneios da FIVB (Federação Internacional de Vôlei).  A mudança agradou bastante aos homens. Já às mulheres...

"Eu sou a favor do ganhar e perder, a pontuação não deveria ser assim. Não importa se ganhou por 3 a 0, 3 a 1 ou 3 a 2. Desse jeito, você não premia quem vence, premia quem perde", afirmou a levantadora Fernanda Venturini, da Unilever. 

"É um campeonato complicado. Vamos ter que trabalhar bastante. Eu não gosto desse tipo de formato. Mas se está vindo de fora, temos de nos adaptar. Eles que mandam", brincou Dani Lins, do Sesi/SP, equipe que estreia neste ano na Superliga feminina. 

SUPERLIGA APOSTA NO EQUILÍBRIO PARA APAGAR ANO RUIM DAS SELEÇÕES

  • Alexandre Arruda/Divulgação CBV

    O domínio de Osasco e Unilever nas últimas Superligas femininas está sob risco nesta edição. O Vôlei Futuro se reforçou bastante, e o Sesi criou uma forte equipe. No masculino, ao menos cinco equipes despontam com chances de brigar pela conquista. E este equilíbrio é uma das armas para apagar o mau ano que as seleções tiveram, sem conquistas expressivas durante 2011.

 

Ricardinho, levantador do Vôlei Futuro, conhece bem o novo formato e aprovou. Durante os seis anos em que atuou no voleibol italiano, disputou diversos torneios com esse sistema de pontuação e disse que não terá dificuldades para se adaptar.

"Eu estou bem acostumado com esse regulamento. Equilibra ainda mais a Superliga, os times terão que estar atentos o tempo todo. Tem que digerir uma derrota rápido para não perder ponto no jogo seguinte. Se você der vacilo contra uma equipe teoricamente mais fraca, você dança", disse.

Giba, capitão da seleção brasileira e reforço da Cimed/Sky, também já disputou torneios no formato quando atuava no exterior e também pelo Brasil. No começo do mês, a seleção inclusive conseguiu classificar-se para a Olimpíada de Londres-2012 na Copa do Mundo, que é disputada neste sistema. No torneio, o Brasil quase se complicou após vencer a fraca equipe da China por 3 sets a 2 e somar apenas dois pontos. 

"Acho que vai ficar ainda mais emocionante. Gosto muito desse formato. É só uma questão de contagem. Se o time conseguir fazer um campeonato muito bom, acabará tendo uma distância maior para os rivais e vai poder se preparar melhor para os playoffs", disse.

Nesta sexta-feira, seis jogos movimentam a rodada de abertura da Superliga feminina: Mackenzie x Vôlei Futuro (20h), Rio do Sul x Pinheiros (20h), São Bernardo x Minas (20h), Praia Clube x Macaé (20h) e São Caetano x Sollys (21h). No sábado, Sesi x Unilever encerra a rodada, às 15h.

Também no sábado acontece a estreia dos homens: São Bernardo x Minas (11h), Sesi x RJX (11h30), Volta Redonda x Sada Cruzeiro (19h), UFJF x Vôlei Futuro (19h), Campinas x Montes Claros (19h). No domingo, Londrina x Cimed, às 15h, fecha a rodada.