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Carrasca do Brasil, musa americana usa tradutor no Ipad para se comunicar no país

Hooker, jogadora do Sollys/Nestlé, durante partida da Superliga feminina de vôlei - Divulgação
Hooker, jogadora do Sollys/Nestlé, durante partida da Superliga feminina de vôlei Imagem: Divulgação

Luiz Paulo Montes

Do UOL, em São Paulo

07/02/2012 06h00

A americana Destinee Hooker chegou ao Sollys/Nestlé como uma das principais contratações do vôlei brasileiro para a temporada.  Há pouco mais de dois meses no país, a oposto chegou com status de estrela, principalmente depois de tornar-se carrasca do Brasil na decisão do Grand Prix, em 2011, torneio do qual foi eleita a MVP e sua seleção foi campeã. Outro status que ganhou foi o de musa. Com 1,93m, a oposto chama a atenção por onde passa. No Brasil, claro, não foi diferente. 

Por aqui, no entanto, ela ainda tem uma dificuldade: o idioma. Dentro de quadra, Hooker garante que não há problema. "O vôlei tem uma ‘linguagem universal’ dentro de quadra, então não há problemas nesse caso. Pelos gestos eu entendo as meninas e elas também me entendem”, disse Hooker, de 24 anos, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte. A dificuldade é fora. Para driblar os problemas, ela apelou à tecnologia. Em seu Ipad, utiliza-se de um tradutor na internet para descobrir as palavras em português e poder falar com fãs e torcedores. 

Durante o mês de janeiro, a americana postou em sua conta no Twitter algumas palavras em português, como "Bom Dia", "Vamos treinar" e "Tomando café". Segundo ela, essas já são algumas das palavras que fazem  parte de seu "novo" vocabulário. "Eu estou me esforçando para aprender português. Em breve pretendo ter uma professora para me ensinar, mesmo porquê pretendo ficar por muito tempo no Brasil", afirmou a oposto, que na Superliga, pelo Sollys/Nestlé, já anotou 53 pontos nas sete partidas em que atuou até agora.
 
Em pouco mais de dois meses vivendo em São Paulo, a estrela estrangeira ainda não conseguiu conciliar o vôlei com uma outra 'profissão': a de modelo. Nos Estados Unidos, Hooker possui uma marca de roupas. Antes mesmo de chegar ao Brasil, seu porte físico já chamou a atenção de marcas no país, que a convidaram para desfilar em um dos mais famosos desfiles de moda, a São Paulo Fashion Week. Participar não foi possível, mas ela ainda mantém o sonho. "Se for possível, eu aceito com certeza. Desta vez não deu certo, mas eu ainda quero. É um grande evento, um dos maiores do mundo, e seria muito interessante estar lá", disse a musa.
 
Enquanto não desfila nas passarelas, Hooker 'desfila' em quadra. Nesta terça-feira, ela é uma das armas do Sollys na partida contra o Rio do Sul, às 20h, no Ginásio José Liberatti, pela terceira rodada do returno da Superliga feminina. Este será apenas o oitavo jogo da americana na competição, já que perdeu alguns duelos devido a uma lesão na mão, após ter dado um soco na mesa em uma discussão com o namorado, por telefone. O time paulista ocupa a terceira colocação na tabela, com 31 pontos, atrás de Unilever (1º, com 35) e Vôlei Futuro (2º, com 32).