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Presidente da federação italiana lamenta morte de medalhista olímpico; autópsia será na terça

Vigor Bovolenta conquistou a medalha de prata com a  seleção italiana em Atlanta-1996 - REUTERS/Alexander Demianchuk
Vigor Bovolenta conquistou a medalha de prata com a seleção italiana em Atlanta-1996 Imagem: REUTERS/Alexander Demianchuk

Do UOL, em São Paulo*

26/03/2012 07h29

Carlo Magri, presidente da federação italiana de vôlei, afirmou estar chocado com a morte de Vigor Bovolenta, que teve um mal súbito em quadra no último sábado durante partida pela liga local. Segundo Magri, o medalhista olímpico era um exemplo e deveria servir de inspiração aos jovens da modalidade no país.

“Estou chocado e sem palavras. Além de ser um grande campeão, Bovolenta era um grande cara, daqueles para ser tomado como exemplo para a nossa juventude. Eu me lembro deste jovem em quadra, generoso e combativo. Me recordo de tantas imagens. Seu falecimento é uma grande perda”, declarou Magri ao jornal italiano Gazzetta dello Sport.

No último sábado, o jogador de 37 anos sentiu dores no peito e desmaiou durante partida do Forli, equipe da quarta divisão italiana. Os médicos tentaram reanimar o atleta durante uma hora, porém Bovolenta já chegou morto ao hospital.

O laudo inicial diz que a causa da morte de Bovolenta foi por problemas cardíacos. Porém, o procurador de Macerata abriu uma investigação sobre o caso e o corpo do vice-campeão olímpico passará por uma autópsia nesta terça-feira, segundo informações do jornal La Stampa.

Em meados da década de 1990, o jogador italiano teve uma leve arritmia diagnóstica e chegou a ficar quatro meses afastado do vôlei para tratamento.

“Minha cabeça está girando. Ajude-me que vou cair”. Essas foram as últimas palavras ditas pelo italiano antes de cair inconsciente na quadra segundo relato de um dos dirigentes do clube.

Bovolenta foi um dos nomes de maior destaque do vôlei italiano nos últimos anos e tinha no currículo a medalha de prata dos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996, além do título da Copa do Mundo, quatro Ligas Mundiais e dois Campeonato Europeus.

No domingo, em todos os jogos do campeonato local foi respeitado um minuto de silêncio pela morte de Bovolenta. Andrea Giani, ex-companheiro do atacante na seleção italiana e hoje técnico da Roma, também se mostrou inconformado com a fatalidade.

“Eu não consigo encontrar as palavras. Vigor foi um grande atacante, um atacante puro, com um físico extraordinário. Difícil encontrar uma razão para tal tragédia. Temos muito controle, mas pode haver uma disfunção pequena e imperceptível”, lamentou Giani.

*Nota atualizada às 9h03