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Mari detona Zé Roberto, revela grupo rachado com técnico e fala em jogar pela Alemanha

Mari e Zé Roberto: relação desgastada após corte da atleta dos Jogos de Londres - Alexandre Arruda/CBV
Mari e Zé Roberto: relação desgastada após corte da atleta dos Jogos de Londres Imagem: Alexandre Arruda/CBV

José Ricardo Leite e Luiz Paulo Montes

Do UOL, em São Paulo

14/11/2012 12h00

A ponta Mari parece ainda não ter digerido o seu corte dos Jogos Olímpicos de Londres. Em entrevista à Revista Istoé 2016, que será veiculada na quinta-feira e a qual o UOL Esporte teve acesso com exclusividade, a jogadora detonou o técnico da seleção brasileira, José Roberto Guimarães.

“Fui injustiçada. Não tenho mais relacionamento com ele e não faço a menor questão de ter”, falou a jogadora. “Não estou pensando em seleção. Sinto o dever cumprido pelo que já fiz. Se eu voltar para a seleção é porque quero e gosto, não porque preciso”, completou.

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Zé Roberto optou pelo corte de Mari três semanas antes da Olimpíada. Na ocasião, alegou que as coisas não andaram bem e que não sentia ‘a mesma energia da atleta’. O técnico, então, optou por levar Tandara como reserva de Sheilla e ter Natália, que se recuperava de cirurgia, como opção na ponta.

FRASES DE MARI

  • "Fui injustiçada. Não tenho mais relacionamento com ele [Zé Roberto] e não faço a menor questão de ter."
  • "O Zé Roberto segue a vida dele e eu, a minha. Ele não precisa de mim nem eu dele."
  • "A relação entre o Zé Roberto e as atletas estava muito desgastada"
  • "Eu tenho opção a de jogar na seleção alemã também se quiser, porque tenho passaporte alemão."
  • "Tenho um ótimo relacionamento com a Sheilla e a família dela. Antes de Londres, eu fui para Belo Horizonte, visitei sua família, passei o dia inteiro com a avó dela."

Mari, porém, insiste que até agora não entende o motivo de ter ficado fora da campanha que valeu o bicampeonato olímpico para a seleção brasileira. “Eu acho que é fácil pra ele falar certas coisas, que minha energia não era boa, que ele me deu toques. Agora, fica na consciência dele. Passei três ciclos olímpicos para, no último minuto, ser cortada. O Zé Roberto não se importou com o que acrescentei  à seleção. Ele agiu muito mal”, reclamou.

O UOL Esporte apurou, porém, que a situação de Mari estava complicada na seleção. Pessoas próximas ao grupo relatam que durante a preparação para os Jogos ela chegou a deixar a concentração em Saquarema para dormir fora, sem dar satisfações. A situação não foi bem aceita inclusive por algumas jogadoras.

Entre a comissão técnica, era unanimidade que Mari não vinha rendendo o que podia. Em São Carlos, ela ficou fora do Pré-Olímpico pois estava com três lesões e precisava se tratar. Quando se recuperou fisicamente, deixou a desejar dentro de quadra. Internamente, o discurso era de que valia muito mais a pena levar Tandara a Londres do que Mari. Agora, tudo ficou no passado para a ex-camisa 7 da seleção.

 

“O Zé Roberto segue a vida dele e eu, a minha. Ele não precisa de mim nem eu dele. Cada um tem que seguir seu rumo. Quando saí, todas as meninas choraram e vieram falar comigo. Disseram que, na semana do corte, o clima dos treinos ficou ruim”, critica Mari. "Provavelmente com ele lá, acho que nem eu nem ele queremos! Mas não sei, tudo pode mudar na nossa vida", reiterou, em entrevista por e-mail à reportagem.

A jogadora externou ainda que, nos Jogos Olímpicos, o grupo estava rachado com o técnico em função do desgaste dos vários anos de trabalho seguidos. “O meu corte atrapalhou muito o grupo. Sei disso porque falo com as jogadoras. As meninas se fecharam e se uniram para conseguir o título. A relação entre o Zé Roberto e as atletas estava muito desgastada. Se elas não tivessem parado e conversado pra fazer tudo de novo, o ouro não teria acontecido. Elas são realmente as grandes merecedoras da medalha”, afirmou.

 

Em Londres, de fato, houve uma reunião após a péssima campanha na fase de classificação. Antes disso, Zé Roberto se reuniu com a comissão técnica durante a madrugada e debateu como seria o papo com as comandadas. A conclusão foi que não adiantaria brigar. O pedido, então, foi um só: “Joguem por vocês. Pela honra, pelo nome de vocês”, disse um dos membros da comissão, durante uma longa reunião com o grupo, que emocionou várias atletas.

 

Procurado pelo UOL Esporte, José Roberto Guimarães não quis comentar as duras críticas que recebeu, e disse apenas que respeitará a opinião da atleta. 

MARI PELA ALEMANHA?

Pode ser estranho, mas Mari pode, sim, atuar pela seleção europeia. Com ascendência alemã, ela precisa ter o passaporte do país, além de ficar dois anos afastada da seleção brasileira em competições oficiais.

Mari, agora, diz até mesmo que poderia defender a seleção da Alemanha. “Eu tenho opção a de jogar na seleção alemã também se quiser, porque tenho passaporte alemão. Opções eu tenho. Se quiser jogar mais um Mundial e Olimpíada, posso fazer isso Alemanha.  Sou muito amiga do Giovanni Guidetti, italiano que comanda a equipe. E ele ficou sabendo que tenho possibilidade de pegar o passaporte. Tenho a documentação já pronta para pegar. E quando ele soube disso, na hora veio falar comigo para conversar a respeito.”

Mari ainda negou que o motivo de seu corte tenha sido um suposto mau relacionamento com a ex-companheira Sheilla. “Tenho um ótimo relacionamento com a Sheilla e a família dela. Antes de Londres, eu fui para Belo Horizonte, visitei sua família, passei o dia inteiro com a avó dela. A gente é amiga e se fala. Conversei muito com a Sheilla antes e durante a Olimpíada.”