Topo

CBV estreia transmissão da Superliga em site com excesso de gafes e irrita dirigentes e atletas

Página do site da CBV que transmite jogos ao vivo das Superligas masculina e feminina - Reprodução
Página do site da CBV que transmite jogos ao vivo das Superligas masculina e feminina Imagem: Reprodução

Luiz Paulo Montes

Do UOL, em São Paulo

04/12/2012 06h00

A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) estreou no último sábado um sistema de transmissão ao vivo de partidas da Superliga através de seu site oficial na partida entre Volta Redonda e RJX. O problema é que, logo no primeiro jogo muitas gafes foram cometidas, assim como erros de informação a respeito dos atletas, que irritaram a entidade e também alguns jogadores.

O levantador Bruninho, do RJX e da seleção brasileira, foi um do que 'ganhou' um nome diferente durante a transmissão. Pelo menos em duas oportunidades foi chamado de Rodrigo Rezende. Theo, oposto que também passou pela  seleção recentemente, 'virou' Fábio. E Thiago Alves virou Thiago Pereira. A sequência de gafes não foi bem digerida pela cúpula da CBV, segundo apurou o UOL Esporte

Entre os jogadores, os erros viraram motivo de piada no Twitter. O central Gustavo Endres, de Canoas, lamentou as seguidas falhas do narrador com os nomes dos jogadores. "É esse tipo de erro de um narrador não pode acontecer. Os nomes dos atletas é obrigação! Corrigir o mais rápido possível!!", escreveu no microblog. Alguns outros jogadores relataram à reportagem a insatisfação com os seguidos erros no duelo de estreia, com receio de que a imagem do vôlei fique arranhada.

Renato D'Ávila, superintendente técnico da CBV, lamentou o excessivo número de falhas ao longo da transmissão da partida, que acabou com vitória por 3 a 0 do RJX, mas prevê uma melhora já a partir desta terça-feira, quando duas partidas da Superliga feminina serão disponibilizadas ao público.

"Tivemos reunião hoje (nesta segunda), e as providências estão sendo tomadas para acertar isso. Foram muitos erros. É um produto novo, uma situação nova para nós, inclusive. Apesar de termos trabalhado durante muito tempo para viabilizar, o acordo aconteceu às vésperas do início da Superliga. O carro está andando e estamos trocando pneu. Não tem jeito, temos que prosseguir. Nas transmissões a partir de amanhã (esta terça) a qualidade será melhor", afirmou o dirigente. 

Os erros foram dos mais diversos tipos, desde falhas técnicas, como a ausência de som em alguns momentos, até erros no nome do RJX, chamado por algumas vezes de RJZ, e em lances do duelo: quando a equipe da capital estava a um ponto de vencer o primeiro set, o narrador afirmou que a equipe tinha o 'tie-break' (set desempate). Já na segunda parcial, a versão foi de que o RJX tinha o match point, sendo que ainda faltava um set para o time ganhar o duelo.
 
O serviço de transmissão via web é terceirizado pela CBV pela empresa chamada Eventos ao vivo. De acordo com um dos responsáveis da empresa, em contato com a reportagem, houve de fato uma reunião com a entidade nesta segunda, mas apenas para 'acertar detalhes para os próximos jogos'. Segundo ele, não foi passado qualquer tipo de insatisfação. A equipe responsável pelo produto é composta por aproximadamente 25 pessoas, sendo que cinco deles são narradores.
 
Mesmo sendo a 'dona' da competição, a CBV só foi autorizada a transmitir partidas web após um acordo com a TV Globo, dona dos direitos de transmissão. Por isso, a entidade só passa jogos que não forem veiculados pela própria Globo, Sportv ou Esporte Interativo. A expectativa é que até o fim da fase de classificação da Superliga, aproximadamente 100 duelos sejam transmitidos. 
 
Nesta terça, o site da CBV passará os duelos entre Usiminas/Minas x Unilever, entre as mulheres, e Volta Redonda x Sada Cruzeiro e Funvic x Vivo/Minas, pela masculina.