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Zé Roberto critica ranking da CBV e aponta favorecimento ao Sollys

Zé Roberto comandou o Vôlei Amil nesta temporada - Divulgação
Zé Roberto comandou o Vôlei Amil nesta temporada Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

16/03/2013 06h00

O técnico José Roberto Guimarães, do Vôlei Amil e da seleção brasileira, criticou o rankeamento dos atletas na Superliga. Em entrevista ao Sportv após a eliminação na semifinal, o treinador condenou o regulamento atual, que, segundo ele, acaba beneficiando o Sollys/Nestlé, equipe da cidade de Osasco.

“A CBV tem que rever as coisas dos pontos, até porque a Adenizia é beneficiada com outro CNPJ para o time do Osasco. Foi criado um rankeamento para não ter uma seleção jogando por um clube, e o que está acontecendo em Osasco é exatamente isso”, disse o treinador.

A principal crítica de José Roberto Guimarães é em relação a formação de Adenizia. Como a atleta fez parte da base do Osasco, ela não conta pontos para o clube paulista. No entanto, a jogadora foi revelada pelo extinto Finasa, que tinha um CNPJ (registro nacional de uma empresa) diferente do atual clube.

Além de Adenizia, o Osasco ainda tem outras duas atletas “zeradas”. Camila Brait, que vive situação semelhante a de Adenizia, e Jaqueline, que foi repatriada da Itália.

Segundo o técnico da seleção brasileira, essa situação acaba afastando possíveis investidores da Superliga, que pensam duas vezes sobre o assunto.

“Fica complicada a situação, precisa ser revisto isso, se não será sempre uma final entre Rio de Janeiro e Osasco. Assim, quem entra (para investir) terá sempre dúvida se vale a pena entrar”, completou o técnico.

Nos últimos 12 anos, o Sollys/Nestlé esteve presente na grande final da Superliga. Em oito delas, o adversário foi o Unilever. Neste período, José Roberto Guimarães comandou a equipe entre 2000 e 2005.

Procurado pelo UOL Esporte para comentar o assunto, a assessoria de imprensa do Sollys disse que não tinha nada para falar sobre as declarações, pois não tinha visto o que foi dito pelo técnico.

Pelo regulamento atual, cada equipe pode contar com três atletas sete pontos e mais dois estrangeiros. No total, um time tem de somar no máximo 32 pontos. A regra ainda prevê pontuação zero para jogadoras formadas pelo clube ou repatriada. Para a próxima temporada, o ranking da Superliga ainda não foi divulgado pela Confederação Brasileira de Vôlei.

SOLLYS É FINALISTA

  • Dentro de quadra, o Sollys/Nestlé conquistou a classificação para a final após uma vitória por 3 a 0. O destaque da partida foi a levantadora Fabiola, eleita a melhor em quadra. Como já havia vencido o primeiro duelo por 3 a 1, o confronto não teve necessidade da terceira partida. LEIA MAIS