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Blindada, Sasha evita até entrevistas para a Globo para falar de vôlei

Sasha joga vôlei desde 2011 e foi pré-convocada para a seleção brasileira de vôlei de praia em 2012 - Reprodução/Instagram
Sasha joga vôlei desde 2011 e foi pré-convocada para a seleção brasileira de vôlei de praia em 2012 Imagem: Reprodução/Instagram

Luiz Paulo Montes

Do UOL, em São Paulo

15/08/2013 06h00

Desde que começou sua trajetória no vôlei, em 2011, Sasha despertou a atenção da mídia e até mesmo dos torcedores. Mas desde então a filha da apresentadora Xuxa foi blindada e nunca deu sequer uma entrevista para comentar a carreira no esporte e a opção por não seguir a mesma carreira da mãe na televisão.

De acordo com a assessoria de imprensa da atleta, até mesmo entrevistas para a TV Globo, emissora com a qual a apresentadora, mãe de Sasha,  tem contrato, foram vetadas por ela, que não quer se expôr e não gosta do contato com jornalistas.

A medida, aliás, se estendeu para membros da comissão técnica do Flamengo. O treinador da menina de 15 anos, Josimar Reis, foi procurado pela reportagem do UOL Esporte, mas o clube informou que ele não foi autorizado pela assessoria da jogadora de falar sobre a carreira de Sasha, bem como sobre seu comportamento em quadra e com as companheiras. 

Qualquer profissional do Flamengo, aliás, tem de ter uma autorização para falar sobre a jogadora - e o pedido é sempre negado. É um dos 'cuidados' que seu estafe toma para manter a blindagem feita à garota. Quem acompanha de perto os treinamentos diz que Sasha tem evoluído bastante na parte técnica e tem relacionamento bastante tranquilo com as parceiras de equipe - sem regalias e, inclusive, chegou a ficar no banco de reservas alguns jogos. 

O interesse em cima da jovem jogadora aumentou ainda mais depois que ela foi pré-convocada em dezembro de 2012 pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) para a seleção brasileira sub-19 de vôlei de praia - Sasha atua pelo Flamengo na quadra. Na época, o UOL Esporte apurou que a convocação foi feita mais por estratégia de marketing do que por interesse no talento da atleta. 

Por motivos não esclarecidos pela entidade, a atleta nunca se apresentou para os treinamentos em Saquarema, base de todas as seleções de quadra e praia do Brasil, assim como as que foram convocadas junto com ela. Internamente, na CBV, há quem trate a pré-convocação como 'estratégia furada'.  Outros, porém, dizem que mesmo sem ela ter treinado, o chamado foi positivo pois atraiu mídia para a modalidade. 

A "especialidade" de Sasha, porém, não é a praia. Como mora no Rio de Janeiro, ela às vezes treina na areia, mas é jogadora de quadra. Em 2011, aliás, fez parte da seleção carioca mirim e foi campeã da Copa do Brasil na categoria. Gente envolvida no esporte afirma que ela tem talento, embora nem sempre chegue no horário nos treinamentos na Gávea, já que estuda em período integral e, às vezes, chega com as atividades já em andamento.

Quando a convocou, a CBV via na estrela mirim uma oportunidade de atrair ainda mais mídia, patrocinadores e manter o vôlei de praia no topo das modalidades brasileiras. Uma pessoa ligada à entidade relatou otimismo da entidade em futuramente ver Sasha entre as convocadas para competições futuras. A estratégia, ao menos por enquanto, foi por água abaixo. 

O interesse de Sasha pelo vôlei começou a aparecer em 2011, quando ela começou a jogar e até viajou do Rio a Belo Horizonte para acompanhar a final da Superliga feminina, entre Unilever e Sollys. Acompanhada de segurança e uma 'babá', ela tirou fotos com Sheilla, um de seus ídolos, e comemorou a conquista do time carioca, pelo qual torce.