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Após denúncias, CBV diz que fará auditoria para analisar contratos

Marcos Pina (esq) foi afastado da entidade após as denúncias das últimas semanas  - Alexandre Arruda/CBV
Marcos Pina (esq) foi afastado da entidade após as denúncias das últimas semanas Imagem: Alexandre Arruda/CBV

Do UOL, em São Paulo

11/03/2014 15h24

Após uma série de denúncias, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) anunciou nesta terça-feira a contratação de uma auditoria externa para realizar uma avaliação nos contratos assinados na gestão anterior da entidade. O papel da empresa será de revisar e apurar as denúncias feitas pela ESPN nas últimas semanas.

De acordo com a ESPN, a SMP Logística e Serviços Ltda., empresa de Marcos Pina, recebeu um total de R$ 10 milhões por ter intermediado a renovação do contrato de patrocínio da CBV com o Banco do Brasil – assinado em 2012, o vínculo vai até 2017. No entanto, a instituição financeira, consultada pela reportagem, afirmou que o acordo foi alinhavado diretamente.

A SMP não aparecia no contrato original da CBV com o Banco do Brasil, mas a entidade esportiva assinou um aditivo e se comprometeu a pagar 60 parcelas de R$ 515 mil à empresa.

Depois de esse conteúdo ter sido publicado, o presidente da CBV, Walter Pitombo Laranjeiras, conhecido como Toroca, reuniu-se com funcionários e comunicou o afastamento de Pina. Além disso, avisou que o dirigente será investigado sobre as denúncias.

Confira na íntegra a nota divulgada pela CBV nesta terça-feira: 

A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) decidiu contratar auditoria externa, de reputação reconhecida, para avaliar contratos de terceirização de serviços assinados na gestão anterior. A auditoria, que complementará processo de revisão interna já iniciado pela instituição, irá incluir a apuração de denúncias publicadas pela imprensa sobre supostas irregularidades em alguns desses contratos.

O objetivo é ter um diagnóstico preciso do impacto desses contratos para a instituição. E, a partir dos resultados da auditoria, definir as medidas que serão adotadas. A escolha da empresa de auditoria deverá ser definida nos próximos dias.

A atual gestão da CBV informa ainda que todos os contratos mencionados nas denúncias tiveram seus pagamentos suspensos preventivamente ou já foram cancelados. Ressalta ainda que solicitou o pronto afastamento do ex-superintendente-geral, Marcos Pina.

Será realizada também uma avaliação jurídica dos referidos contratos.

"Iremos realizar uma revisão completa de todos os contratos de terceirização de serviços para tomar as providências necessárias caso problemas sejam detectados", explica o novo superintendente-geral da CBV, Neuri Barbieri. A CBV reafirma seu compromisso com o voleibol e reforça que sua atuação é mundialmente reconhecida como exemplo de boa gestão esportiva. Em razão do trabalho profissional desenvolvido pela CBV, instituição fundada em 1954, o voleibol brasileiro é referência mundial. A CBV entende que a defesa do esporte está atrelada à adoção de atitudes transparentes e de rigor em relação à sua gestão.