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CBV diz que renúncia de Ary Graça foi feita antes de denúncias

Do UOL, em São Paulo

14/03/2014 13h53

A Confederação Brasileira de Vôlei anunciou nesta sexta-feira a renúncia de Ary Graça da presidência da entidade. O dirigente estava licenciado nos últimos meses por ter assumido também o comando da Federação Internacional de Vôlei, cargo em que seguirá atuando.

A notícia coincide com a série de denúncias iniciadas pela ESPN envolvendo a CBV, em um dossiê. O técnico Bernardinho, segundo o blogueiro do UOL Erich Beting, é um dos articuladores do documento. Uma nota no site da entidade afirma, porém, que a carta em que o cartola pediu para deixar o cargo é de bem antes disso.

A CBV realiza nesta sexta-feira (14), em João Pessoa (PB), a Assembleia Geral Ordinária da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), com a presença de 26 das 27 federações estaduais filiadas. Nela foi apresentada a carta de renúncia de Graça “datada de 20/12/2013”, diz comunicado divulgado no site da entidade. Com a divulgação desta carta, foi reconhecida a posse de Walter Pitombo Larangeiras, o Toroca, que já estava como presidente em exercício.

De acordo com a Confederação, “a carta do agora ex-presidente foi entregue à CBV em dezembro de 2013 e recebida pelo presidente naquela data e apresentada na assembleia. Durante o evento, Toroca reforçou seu compromisso com uma gestão transparente frente à instituição, afirmando que manterá essa postura daqui para frente.

"Quando assumimos, estabelecemos uma linha reta de conduta e não nos afastaremos em hipótese nenhuma", afirmou o novo presidente da CBV.

De acordo com reportagens divulgadas pela ESPN, dois ex-dirigentes da CBV - Marcos Pina e Fábio André Dias Azevedo - receberam R$ 10 milhões cada para intermediar contratos de patrocínio da entidade com o Banco do Brasil.  Após a divulgação da reportagem, Pina deixou a superintendência geral da CBV e a entidade anunciou uma auditoria.

De acordo com o blogueiro do UOL Erich Beting, é Bernardinho, técnico da seleção masculina de vôlei, um dos responsáveis pelo dossiê. "A 'faxina'' dentro da CBV começou em meados do ano passado, com algumas mudanças de rumo dentro da instituição, mas se intensificou em setembro, quando os principais aliados de Ary Graça no comando da CBV foram forçados a deixar seus cargos (José Fardim e Fábio Azevedo, antigos superintendentes executivos, deram lugar a Marcos Pina, que já estava na entidade)", explicou Beting.