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Brasil perde jogo equilibrado para EUA e é vice-campeão da Liga Mundial

Do UOL, em São Paulo

20/07/2014 17h47

A seleção brasileira lutou o quanto pode, mas não conseguiu repetir, no jogo decisivo com os Estados Unidos, o bom desempenho da semifinal contra a Itália. Com parciais de 31/29, 21/25, 25/20 e 25/23, os americanos fizeram 3 sets a 1 em pouco mais de duas horas e ficaram com o título da Liga Mundial pela segunda vez em sua história. Já a equipe de Bernardinho ficou com o segundo vice-campeonato seguido ao perder a partida disputada em Florença, na Itália.

"Eles jogaram muito bem. Trabalharam muito bem o bloqueio e a defesa, e acho que perdemos um pouco a paciência e acabamos não criando oportunidades melhores", analisou o meio de rede Éder após a partida, antes de subir ao pódio para a cerimônia de entrega das medalhas.

Para o levantador Bruninho, o problema começou no terceiro set: "No primeiro set, tivemos várias oportunidades de contra-ataque que não conseguimos aproveitar, mas depois do terceiro set eles foram superiores, tiveram mais agressividade no saque. Eles foram muito melhor do que imaginávamos também no passe e tiveram mais volume de jogo", disse, em entrevista ao canal SporTV. "Reconhecemos a superioridade do adversário, mas ficamos muito frustrados, não adianta."

O ponteiro Sander, dos Estados Unidos, foi escolhido o melhor jogador do torneio. O oposto Wallace, o central Lucão e o ponteiro Lucarelli representaram o Brasil na seleção da Liga.

Partida decisiva foi dura

O jogo foi muito parelho desde o início e o primeiro set só foi encerrado após 37 minutos num bloqueio do time americano, 31 a 29. Antes disso, quando o placar marcava 28 a 27, o técnico John Speraw pediu desafio no que teria sido o 29º ponto do Brasil, o último do set.

Depois da análise do vídeo, no entanto, ficou comprovado o toque na rede do ponta Murilo (ele encostou a testa no tecido), e o ponto foi para os Estados Unidos. O Brasil ainda fez mais um ponto com Lucão, mas não conseguiu frear o ímpeto americano.

Os americanos começaram o segundo set à frente, mas a eficiência dos ataques de Lucarelli e a boa passagem do levantador Rapha pelo saque ajudaram o Brasil a empatar a partida encerrando o set em 25 a 21.

No terceiro set, a equipe de Bernardinho voltou a ser superada pelos americanos. Em cerca de meia hora, mesma duração do set anterior, os Estados Unidos fizeram 25 a 20 contando com o bom desempenho de Sander, Anderson, Holt, Christenson e Lee. O desempenho do meio de rede brasileiro Lucão, que havia sido o melhor jogador da semifinal contra a Itália, não vinha sendo bom e ele foi tirado de quadra para a entrada de Eder.

Com o peso todo nas costas da seleção brasileira, que precisava vencer para levar a disputa do título ao tie-break, o quarto set começou bastante equilibrado e assim foi até o fim, com nenhum time abrindo mais que três pontos de vantagem sobre o outro. O Brasil não conseguiu lidar com a pressão e cedeu a vitória para os Estados Unidos, que fechou o último set, e a partida, em 25 a 23.

O maior pontuador da partida foi Sander, com 24 pontos, seguido de perto por Matt Anderson, que fez 23. Já o maior pontuador do Brasil foi Wallace, com 16 pontos.

Itália fica com terceiro lugar

Antes da grande final, a Itália, que perdeu para o Brasil na semifinal, entrou em quadra para disputar a medalha de bronze com o Irã e venceu por 3 sets a 0 (25/22, 25/18 e 25/22) em 1h24min de jogo.

Depois de uma década de dominância entre 1990 e 2000, em que conquistou oito vezes o título, a Itália vem buscando agora recuperar a capacidade de disputar o ouro. Este foi o segundo bronze seguido da Itália na Liga Mundial.

"Ainda temos ambições e ainda acreditamos que somos uma grande equipe que pode vencer competições. Agora, temos que provar isso", disse o levantador de origem sérvia Dragan Travica após o jogo. "Pelo menos terminamos com uma vitória."

Do outro lado, o Irã passou perto da chance de se tornar o primeiro time asiático a estar no pódio da Liga, mas mesmo sem conquistar a medalha, fecha o torneio como a equipe de mais sucesso do continente. O quarto lugar coloca o país à frente de Japão, China e Coreia do Sul, que chegaram no máximo ao sexto lugar no passado.