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Com sobras, Brasil bate o Japão e conquista seu 10º título do Grand Prix

Do UOL, em São Paulo

24/08/2014 08h51

O Brasil precisava não só vencer, mas evitar a todo custo a disputa do tie-break para conquistar seu 10º título e ampliar sua fama como maior vencedor da história do Grand Prix. O triunfo veio. O tie break não ficou nem perto de chegar. A seleção brasileira comandada por José Roberto Guimarães fora de quadra e, neste domingo, por Sheilla dentro dela, não tomou conhecimento das donas da casa, e arrasou o Japão por 3 sets a 0: 25-15, 25-18 e 27-25.

Depois de uma campanha na fase final que começou com susto, na derrota contra a Turquia, o Brasil mostrou que sua recuperação foi plena. Fora quatro vitórias desde aquele tropeço, dando uma mensagem clara de quem é a equipe favorita ao Mundial que será disputado de 23 de setembro a 12 de outubro na Itália.

No Grand Prix, o título de 2014 se soma aos de 1994, 1996, 1998, 2004, 2005, 2006, 2008, 2009, 2013. A vitória veio no detalhe. A fase final do Grand Prix é em pontos corridos: Brasil e Japão somaram quatro vitórias e uma derrota, mas com uma vitória a mais no tie-break, o que rende um ponto a menos, as brasileiras terminaram a competição em vantagem, com 13 a 12.

Forte na defesa, nem nesse fundamento o Japão conseguiu se segurar, tamanha a disposição das estrelas do Brasil. Sheilla entrou no jogo mandando em quadra e liderou as ações da seleção brasileira. Fabiana também se destacou, com Thaísa um pouco mais discreta que de costume.

O jogo

Com sua torcida gritando desde o início, o Japão até começou melhor, mas o Brasil não demorou a entrar no jogo e virar o placar, tomando a liderança do marcador. No duelo entre o forte ataque brasileiro e a defesa quase impenetrável das japonesas - pelo menos na teoria -, a seleção verde-amarela estava prevalecendo, e abriu 12-8, para tentar disparar no set.

E foi o que aconteceu: 25-15 para marcar território e mostrar quem manda – sob a liderança de Sheilla, eleita melhor jogadora do duelo.

O embalo foi mantido no início do segundo set. A pressão sobre as donas da casa era tanta, que elas passaram a errar mais que o comum, até em seus principais fundamentos, como sua recepção. Assim, o Brasil já tinha 8-4 na primeira parada. A vantagem foi menor, mas a parcial acabou em 25-18, com Sheilla já somando 11 pontos, sendo três de bloqueio.

No terceiro set, o Japão começou bem, mas permitiu ao Brasil virar logo no começo da parcial, num momento importante para as donas da casa, pressionadas a vencerem dois sets. O técnico japonês fez de tudo e usou todas as suas jogadoras. Gastou quase todas as substituições que teve, desde o segundo set, mas nada adiantou. O terceiro set foi, sim, mais duro, mas foi brasileiro. E o decacampeonato também.