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Brasil atropela China e põe um pé na próxima fase do Mundial de vôlei

José Ricardo Leite

Do UOL, em Katowice (Polônia)

11/09/2014 13h07Atualizada em 11/09/2014 17h32

Sem sustos e sem dar sopa para o azar. A seleção brasileira masculina não tomou conhecimento da China, atropelou o rival por 3 sets a 0 (25-14, 25-23 e 25-18), nesta quinta-feira, em Katowice, Polônia, e colocou um pé na próxima fase do Mundial.

Basta uma vitória simples sobre os canadenses na próxima partida, marcada para sábado, às 16h30 (horário de Brasília). O Brasil lidera o Grupo F, com 15 pontos, um a mais do que a Rússia. As duas equipes venceram todas as suas  partidas até agora, mas a equipe europeia bateu a Bulgária por 3 sets a 2 na primeira fase, e nesse caso soma dois pontos, ao invés de três.

No atual estágio, são levados os resultados anteriores da primeira fase, exceto diante dos times que não avançaram (no caso brasileiro, os jogos contra Tunísia e Coreia do Sul são descartados). Estão agora contabilizados os triunfos sobre China, Bulgária, Cuba, Finlândia e Alemanha.

Apenas os três primeiros colocados dos oito da chave brasileira se classificarão para a fase seguinte. Esta próxima etapa terá também outros três que sairão do outro grupo (formado por Polônia, Sérvia, Argentina, França, Irã, Estados Unidos, Itália e Austrália. Os seis que sobrarão (três de cada grupo) formam dois triangulares dos quais avançam dois times de cada um para fazer as semifinais. 

Fases do jogo:

Facilidade desde o início. O Brasil mostrava muita rapidez nas trocas de passes e caminhava limpo para o ataque. Os chineses pareciam distante da tradicional agilidade asiática e atacavam de forma lenta, sempre sendo pegos pelo bloqueio. Com erros infantis na recepção e até golpes de vista errado que resultaram aces, os chineses viram o Brasil abrir 12 a 6 com menos de dez minutos. Quando os saques forçados entravam, era quase impossível o Brasil perder um ponto. E foi assim que fechou o primeiro set, em uma pancada de Lucarelli pra cima de um chinês.

A equipe vermelha e branco ofereceu um pouco mais de resistência na segunda parcial. Melhores na recepção e rápidos na bola de meio, ficaram na frente do placar em alguns momentos. Mas depois do 9 a 9, o Brasil tomou a rumo. Teve alguns momentos de distração e cometeu erros bobos, por isso a parcial foi mais longa.

O terceiro começou com a facilidade do primeiro. Saques entravam, e os chineses não tinham o que fazer não ser passes quebrados e ataques fáceis para os brasileiros. Depois do 10 a 4, o Brasil já passou a fazer alterações para se poupar para o fim de semana.

O melhor: Sidão. O entrosamento com Bruninho nas bolas rápidas de meio fazia a jogada ser quase que infalível.  Também realizou bloqueios eficientes.

O pior: Yuan Zhi. O oposto foi o símbolo da fragilidade chinesa, com ataques pífios. Em um deles, até caiu no chão ao tentar cravar uma bola. Mandou na rede e teve que se levantar.

Toque dos técnicos:

Tranquilo, tranquilo Bernardinho nunca fica. Mas sua versão na partida diante dos chineses é  a mais próxima disso. Usou sempre as metades finais das parciais para poupar alguns titulares. Raphael, Lipe e Vissotto foram usados, e Bruninho, Murilo e Wallace descansaram. Éder entrou no último set para descansar um pouco Sidão e Lucão.

Para lembrar:

Raphael e Lipe chegaram a dar um susto ao acusarem dores na mão após diferentes jogadas. O primeiro seguiu na partida normalmente, mas o ponteiro teve que sair. Depois, já bateu bola normalmente.

O descanso na sexta-feira será providencial para alguns atletas. Murilo chegou a sentir um problema na coxa nos últimos jogos, enquanto outros chegaram a ser poupados na primeira fase, como Lucarelli e Vissotto. E Lipe chegou a sentir os dedos na partida.