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Francês que ameaçou Brasil no vôlei acumula briga e expulsão da seleção

Do UOL, em São Paulo

20/09/2014 19h05

O Brasil conseguiu se classificar para a final do Mundial de Vôlei da Polônia, mas por muito pouco não ficou fora em uma disputa acirrada de tie-break contra a França. Quem quase derrubou o Brasil foi Earvin Ngapeth. Craque nas quadras, o ponteiro já deu trabalho fora delas por seu estilo rebelde e atos de indisciplina que chegaram a causar sua expulsão da seleção francesa.

Ngapeth foi quem mais incomodou o Brasil na semifinal deste sábado. O francês apareceu como o segundo maior pontuador da partida com 21 pontos, atrás apenas do brasileiro Lucarelli, e ainda conseguiu dois aces.

Nas horas mais difíceis para a França, foi ele quem assumiu a responsabilidade, já que seu colega Antonin Rouzier, que era o maior pontuador do time, estava mal na partida, teve que ser substituído e acabou passando os últimos três sets no banco de reservas.

Se agora Ngapeth vive boa fase como um dos destaques da seleção francesa, num passado recente ele já foi rejeitado. A rebeldia é marca na personalidade do jogador não só pelos cabelos pintados de vermelho e o corte exótico.

No Mundial da Itália, quatro anos atrás, foi expulso da seleção por mau comportamento. Irritado por ficar na reserva, o ponteiro que tinha apenas 19 anos xingou o técnico Philippe Blain e chegou a arremessar um fone de ouvido na parede do vestiário durante a discussão.

Na época, a federação francesa emitiu um comunicado oficial. “Na sequência de uma briga no vestiário após o jogo entre França e Japão, por causa de falta de disciplina e de comportamento incompatível com a vida da equipe, Earvin Ngapeth foi excluído da competição".

Ngapeth ganhou o apelido de Anelka após o episódio. As comparações com o jogador de futebol francês surgiram porque o atacante havia sido expulso da seleção por xingar o técnico Raymond Domenech durante a Copa do Mundo da África do Sul, quatro meses antes.

O jovem atleta de vôlei foi acusado de causar um desgaste no ambiente do time de vôlei, o que explicaria o mau desempenho do time naquele Mundial. Ainda hoje, aos 23 anos, ele mantém a pose de marrento e diz que não mudou sua postura. Segundo ele, a diferença é que agora ele atua ao lado de amigos na seleção.