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Polônia vence Alemanha e dará revanche ao Brasil no Mundial de vôlei

Drzyzga comemora ponto marcado contra a Alemanha neste sábado  - Fivb/Divulgação
Drzyzga comemora ponto marcado contra a Alemanha neste sábado Imagem: Fivb/Divulgação

José Ricardo Leite

Do UOL, em Katowice (Polônia)

20/09/2014 17h46

Com a Spodek Arena completamente lotada, a Polônia venceu a Alemanha por 3 sets a 1 (parciais de 26-24; 28-26; 23-25 e 25-21), neste sábado (20), em Katowice (Polônia) e será a adversária do Brasil na final do Mundial masculino de vôlei, que será realizada no domingo às 15h25 (horário de Brasília).

A partida será uma revanche de cinco dias atrás, quando os brasileiros foram derrotados pelos anfitriões na cidade de Lodz por um apertado 3 a 2 depois de estar vencendo por 2 a 1. Naquela partida, os comandados de Bernardinho perderam a cabeça com provocações rivais e se desestabilizaram. Depois disso, admitiram que o rival ficou engasgado.

“A vontade é de vencê-los, aquele jogo ficou engasgado. Teve muita confusão, o ponteiro deles (Kubiak) ficou encarando a gente e olhando pro outro lado do bloqueio, vai ser um jogo bem tenso”, falou o central Lucão, neste sábado.

Logo depois da vitória sobre a Rússia, na quarta, o oposto Leandro Vissotto já havia admitido o desejo de pegar os poloneses na final quando comentou o fim das provocações dos russos ao time verde e amarelo.

"Faltava um pouco de respeito deles (russos). Ontem foi a vez de a Polônia desrespeitar, alguns jogadores nos desrespeitaram. O número 13 (Kubiak). Mas o mundo dá voltas. Espero que possamos encontrar a Polônia mais à frente. Queremos, queremos. Quem quiser a gente pega. Tanto faz, mas o jogo de terça deixou um amargo na nossa boca. A gente não só perdeu, mas fomos desrespeitados por alguns jogadores lá. E isso fica. Se a gente cruzar com eles lá na frente será uma motivação a mais."

Para chegar até a final, o Brasil venceu a França em um apertado 3 a 2, neste sábado. O time de Bernardinho venceu 11 das 12 partidas que fez no torneio, número igual ao dos poloneses, que sofreram apenas uma derrota para os Estados Unidos.

Para bater os alemães, a Polônia contou mais uma vez com grande atuação do ponteiro Wlazly, que contra o Brasil marcou 31 pontos. Foi a jogada de segurança do time da casa, que passou apuros em alguns momentos do jogo, como no primeiro set, quando salvou um set-point.

Mais uma vez, o time vermelho e branco foi embalado e na onda de sua forte torcida, que ocupou os 11 mil lugares da Spodek Arena. Músicas, gritos, mosaicos vaias ao rival e até a tradicional 'ôla" marcaram presença, em uma prévia do que o time de Bernardinho vai se deparar na final.

Brasil x França

A vitória brasileira por 3 a 2 foi marcada por diversos ralis e incríveis defesas dos jogadores franceses, que mesmo sendo baixos e sem incomodar tanto no bloqueio, mergulhavam de todas as maneiras para salvar as bolas. Mas os brasileiros estavam em tarde muito eficiente no saque e bloqueio, pontos chaves para o triunfo sobre o “chato” rival.

“Os caras não erram, trabalham bola e estão sempre ali incomodando. O jogo hoje foi duríssimo”, falou Leandro Vissotto. “É um jogo parecido com o que tivemos com a Polônia (na terceira fase) e lá não tivemos paciência. Foi bom isso na semifinal, pegar um time que defende igual eles, com a melhor recepção e um volume grande. Foi bom isso na semi pra chegarmos atentos na final”, endossou Lucão.

O saque francês entrou com muita força e complicou muito a recepção brasileira, sobretudo os do ponteiro Ngapeth, que foi o segundo maior pontuador da partida, com 21 pontos, atrás apenas de Lucarelli.

O técnico Bernardinho foi outro que reverenciou a equipe francesa após a partida. “É uma equipe que tem muito a ensinar a todos do voleibol pela maneira que está jogando. Deu um exemplo de organização de jogo. Fez não só um jogo, mas um torneio todo fantástico”, afirmou.