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"Temos muito pra tirar daquele jogo", diz Bernardinho sobre a Polônia

José Ricardo Leite

Do UOL, em Katowice (Polônia)

20/09/2014 19h23

A derrota para a Polônia na última terça-feira, na terceira fase do Mundial, tem muito a ensinar ao Brasil. E as lições poderão ser usadas neste domingo, às 15h45 (horário de Brasília), em Katowice, no reencontro dos dois times na final da competição. É o que diz o técnico da seleção, Bernardinho.

O time tricampeão mundial perdeu por 3 a 2 depois de estar ganhando por 2 a 1 e oscilar muito no jogo. Foi a única derrota em 12 partidas até agora. Naquele jogo, o Brasil não contou com Murilo, lesionado, e Wallace jogou pouco por não estar 100%.
 
“Já enfrentamos a equipe deles e temos muita coisa para tirar daquele jogo, como as nossas falhas, nossas limitações e a falta de continuidade em alguns momentos. Tivemos altos e baixos naquele dia. Oscilamos muito. E, obviamente, a ausência do Murilo gerou um certo desequilíbrio a estrutura que foi montada durante a temporada”, falou o comandante brasileiro.
 
O comandante brasileiro disse que já espera a pressão da torcida que deve lotar a Spodek Arena e seus 11 mil lugares. “Sabemos que o ginásio vai estar uma loucura. A Polônia é um grande time, joga em casa, tem essa força, mas também tem essa grande expectativa sobre eles. Com certeza, vai ser uma batalha até o último ponto.”
 
O Brasil se garantiu na decisão do Mundial de vôlei depois de uma vitória suada sobre a França, por 3 a 2. Já os poloneses bateram a Alemanha, por 3 a 1.
 
O jogo entre Brasil e França foi marcado por diversos ralis e incríveis defesas dos jogadores franceses, que mesmo sendo baixos e sem incomodar tanto no bloqueio, mergulhavam de todas as maneiras para salvar as bolas. Mas os brasileiros estavam em tarde muito eficiente no saque e bloqueio, pontos chaves para o triunfo sobre o “chato” rival.
 
“Os caras não erram, trabalham bola e estão sempre ali incomodando. O jogo hoje foi duríssimo”, falou Leandro Vissotto. “É um jogo parecido com o que tivemos com a Polônia (na terceira fase) e lá não tivemos paciência. Foi bom isso na semifinal, pegar um time que defende igual eles, com a melhor recepção e um volume grande. Foi bom isso na semi pra chegarmos atentos na final”, endossou Lucão.
 
O saque francês entrou com muita força e complicou muito a recepção brasileira, sobretudo os do ponteiro Ngapeth, que foi o segundo maior pontuador da partida, com 21 pontos, atrás apenas de Lucarelli.
 
Bernardinho foi outro que reverenciou a equipe francesa após a partida. “É uma equipe que tem muito a ensinar a todos do voleibol pela maneira que está jogando. Deu um exemplo de organização de jogo. Fez não só um jogo, mas um torneio todo fantástico”, afirmou.